Keyko se despede

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Keyko

Wendey tinha viajado para Amarillo pra rever sua prima e eu me sentia tão solitária sozinha naquele Campus. Me perguntava como estaria o Marc? Apesar dele ter rido e não acreditado quando eu disse que o amava, eu me preocupava e sentia muita falta dele.

Marc tinha sido tão duro e frio comigo, que sempre que eu me lembrava, me vinham lágrimas nos olhos.

Nós estávamos deitados na sua cama, olhando o teto do quarto

- Quais são os seus planos pra quando acabar o curso, Keyko? -Marc perguntou

- Eu mandei curriculum para o Grupo Flannagan, mas talvez eu não possa trabalhar lá.

- Por que?

- Eu não consegui renovar o meu visto.

Ele se sentou e me encarou.

- Ué? Como assim?

- Eu vou ter que voltar pra Japão.

- É, eu sei! Você vai se casar,não é?

Me sentei e o encarei alarmada.

- Como você pode saber disso?

- Eu ouvi você e a Wendey.

- Ah, ouviu?!

- Não tem um jeito de você ficar aqui?

- Até tem, mas... Deixa pra lá! - Aproveitei aquele momento em que estávamos sozinhos e resolvi que era hora de mostrar ao Marc como eu me sentia e o beijei, nosso beijo foi quente e desejoso, mas ele me afastou. - O que foi?

- Eu sei o que você tá fazendo, Keyko! E não é certo você me usar desse jeito. Eu gosto de você!

- Do que você está falando, Marc? Eu amo você! - Me declarei.

- Ama, Keyko? - Ele se levantou parecendo frustrado e riu. - Então, depois de quatro anos você simplesmente, descobriu que ama!- ele rondava o quarto irritado. - Você ficou com quase todos os caras da faculdade e agora você me ama? - Ele levou a mão aos cabelos, afastando-os do rosto- Cara, você é inacreditável!- ele caminhou até a porta e abriu irritado, e eu não consegui entender porque. - Sai daqui, Keyko!

Fiquei olhando pra ele, estática e surpresa por aquela reação, ele veio até mim, me agarrou pelo braço e praticamente me arrastou até a porta, me empurrou para fora e bateu a porta.

Aquela foi a última vez que eu falei com o Marc, eu não o procurei pra buscar explicações e sempre que nos cruzávamos, eu o evitava.

Dentro de poucos meses eu estaria voltando para o Japão, e poderia esquecer de vez que o Marc existe.

Eu ia fazer o que meus pais queriam e levar a vida que eu fui criada pra viver.

Era o fim do sonho americano!

 Era o fim do sonho americano!

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