Wendey Se preocupa como estado de Jax

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Eu odiava violência com todas as minhas forças, odiava pessoas que subjugavam as outras e queriam tirar proveito. Eu não sabia quem era o porco imundo, nojento e asqueroso que tinha feito aquilo com o rosto de Jax, mas eu odiava com todas as minhas forças porque ele era tão meigo e frágil, que dava vontade de colocar no colo e acarinha-lo.

O Jax parecia ser o tipo de pessoa que esconde a dor atrás de um sorriso, e eu percebi na festa que ele deu em sua casa e fui com o Maison, que ele parecia desesperado por se enturmar, por se sentir parte de um conjunto e nesse ponto nós éramos tão parecidos.

Eu fui correndo falar com o Jax, quando o vi, porque queria pedir desculpas a ele pelo comportamento do Maison com ele antes, mas eu me senti tão chocada quando o vi tão ferido que o meu único ímpeto era o de cuidar dele. Eu ficaria ali abraçada a ele, o acalentando por muito tempo se o Maison não tivesse aparecido, porque parecia estar precisando tanto de carinho.

Eu queria poder ter conversado um pouco mais com ele, ter feito ele se sentir bem apesar de tudo, mas acho que o Maison deve ter cuidado disso, provavelmente eles conversaram e Jax devia estar se sentindo um pouco melhor.

Engraçado que ele tinha a textura da pele de uma criança, macia e gostosa de tocar. Eu tinha me demorado naquela carícia em seu rosto porque era como se a sua pele acariciasse a minha mão de volta. Era estranho e ao mesmo tempo tão gostosa a sensação da sua barba por fazer, e que ele instantaneamente fechasse os olhos e ficasse ruborizado com o meu toque.

Acho que tínhamos um laço, que de algum modo estávamos ligados, e agora mais que tudo eu queria muito ser amiga do Jax.

Será que eu teria alguma chance de tocar os seus cabelos um dia, aqueles fios cor de ouro que pareciam macios e sedosos. E por que eu queria tanto tocá-lo? Será que aquilo era uma coisa normal entre amigos? Porque o Maison era meu namorado e eu não ansiava tanto por tocá-lo. Acho que eu dormiria aquela noite pensando naquele toque em seu rosto e no suave beijo que eu dei em seu supercílio, provocando um suspiro nele.

Maison voltou para perto de mim após alguns instantes.

- Então, como está o Jax? - Perguntei verdadeiramente preocupada. - Você viu o rosto dele? Quem faria algo tão horrível? - Só a lembrança me dava vontade de chorar e Maison costumava dizer que eu era mole e sensível demais.

- Ele está bem, não se preocupe... - Disse ele me puxando pela nuca, me dando um beijo urgente. - Ah... Desculpa, esqueci que não pode te beijar aqui. - Ele apontou para a câmera logo a cima de nós.

Eu preferia que ele não tivesse me beijado naquele momento porque eu só conseguia pensar no seu...no meu amigo tão machucado e talvez eu não quisesse tirar aquele gosto doce da sua pele, da minha boca.

Eu devia estar ficando louca e Maison me encarava curioso, eu devia estar com uma espécie de riso bobo no rosto.

- O que foi?...qual a graça. - Ele me perguntou franzindo o Cenho.

- Nada! - Eu dei de ombros. - Eu só... Deixa pra lá! - Não sabia mesmo como explicar.

- Me espera as 17 hrs, eu volto pra te buscar e te levar pro campus. - Maison abriu a porta e me olhou. - Rola um filme no seu apartamento hoje?

- Por que não um filme no cinema? - Eu estava evitando ficar sozinha com o Maison.

- Qual é gata?! - Ele me olhou decepcionado. - Quantas vezes ficamos enroscados na sua cama vendo um filminho... Estou cansado, trabalhei e estudei o dia todo... quebra essa, vai!

-Um cineminha não mataria você. Podíamos chamar o Jax, ele me parece tão solitário- ele fez uma careta, então eu emendei -E o Tommy.

- Se eu quisesse dois machos do meu lado, não te chamaria para um filme...- Ele apertou a porta irritado. - Esquece... Passo aqui pra te levar para o seu apartamento e vou para o meu... Preciso estudar para as provas finais. - E Maison simplesmente saiu batendo a porta.

Dei de ombros e assumi o meu posto. Precisava estudar para as provas finais também e nada era melhor pra isso que o silêncio de uma biblioteca.

Por um instante voltei a pensar em Jax, antes de me afundar de vez nos livros.

Por um instante voltei a pensar em Jax, antes de me afundar de vez nos livros

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