Assim que eu entrei em casa pude ver o estado que se encontrava tudo.
Totalmente destruído e minha mãe jogada em um canto desmaiada, aquilo foi demais pra mim.
Na hora que eu coloquei as duas mãos na madeira pra ir atrás dele eu sentir um impulso muito forte nas minhas costas que me arremessou pra frente.
Bati a cara com força no chão, minha boca começou a sangrar e eu sentir ele me levantar pelo cabelo, eu não tinha força pra competir com meu pai, chegava a ser desumano o jeito que ele me batia.
Eu chorava desesperadamente e quanto mais eu chorava mais ele me dava socos, chutes, meus olhos já se fechavam involuntariamente, eu sentia meu corpo ficar dormente e cada gota de sangue caindo.
Até que alguns vizinhos invadiram aqui em casa e seguraram ele, eu não tive forças pra me manter de pé e mais uma vez eu cai.
Como sempre ele conseguiu se soltar e saiu correndo.
Logo formou um círculo em volta de mim e um na minha mãe. Já não era a primeira vez que os vizinhos invadiam pra impedir uma coisa pior e já fizeram diversas denúncias contra meu pai mas minha mãe sempre acaba negando e fica por isso mesmo.
Xxx: vamos leva elas no hospital
Mannu: leva minha mãe, eu tô bem
Xxx: você não tá bem Mannu, olha o seu estado.
Mannu: por favor leva minha mãe, eu não quero ir.
Xxx: ok
Eles me ajudaram a subir pro meu quarto e levaram minha mãe no hospital.
Minhas pernas estão super roxas e doloridas por causa dos chutes, com certeza deve está a marca do pé dele na minhas costas, por sorte eu não quebrei nenhum dente, afinal se até minha costela ele conseguiu quebrar uma vez, o que seria um dente né ?
Levantei da cama com bastante esforço e entrei no banheiro, tomei dois comprimidos pra dor que eu já deixava lá preparando e adentrei o chuveiro , engoli os comprimidos com a água da ducha mesmo, tomei um banho em cerca de uma hora deu uma boa amenizada na dor.
Sair com uma toalha na cabeça e uma no corpo, peguei minha mala encima do guarda roupa e coloquei todas minhas coisas, não deixei nada pra trás.
Afinal eu iria embora daquela casa e não voltaria mais por nada.
Assim que terminei de arrumar escondi embaixo da cama , pois eu não iria embora no meio da madrugada,, tranquei a porta do meu quarto e a muito custo conseguir dormi, o difícil era só encontrar uma posição adequada...depois que eu encontrei só acordei uma hora da tarde.
Se eu conheço bem meu pai quando for umas 15Horas ele chega, como se nada tivesse acontecido.
Me levantei fiz minhas higienes tomei um banho, coloquei um conjunto de calcinha e sutiã , um shortinho folgado que logo foi substituído por uma calça afinal os ematomas nas minhas pernas estavam muito evidentes, coloquei uma sapatilha da melissa e uma blusinha da D&G, fiz uma maquiagem leve, sequei o cabelo e joguei de lado, passei um corretivo nos braços.
Deixei um bilhete pra minha mãe peguei minha mala e desci pra cozinha, a casa ainda estava vazia, colei o seguinte bilhete na geladeira.
** SINTO MUITO EU NÃO CONSIGO MAIS VIVER ASSIM, EU VOU SEGUI MINHA VIDA LONGE DAQUI. BOA SORTE, FICA COM DEUS. TE AMO MÃE! **
VOCÊ ESTÁ LENDO
Realidade Cruel
General FictionEmanuelle tem 17 anos e mora em um bairro de classe média a alta na zona sul, a vida dela tinha tudo pra ser perfeita se seu pai não fosse um monstro viciado, sua vontade é fugir de casa, mas ela não teria pra onde ir. A única que pode me ajudar é...