Capítulo 41.

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A Thawanni parecia não acreditar que eu realmente tinha conseguido.

Thay: então voltamos hoje a tarde com a quantia e espero que os moradores estejam conscientes que a favela estará sob nova direção.

Iguinho: pode deixar, eu aguardo vocês!

Mannu: Foi ótimo fazer negocio com você, agora se não for muito incômodo seu funcionário pode chamar um táxi pra gente porque já estamos atrasadas, sorri simpática e coloquei os óculos escuros.

Iguinho; claro só um minuto.

Ele saiu e eu fiz um sinal pra thay ficar quieta, nos despedimos e fomos até o táxi que nos levou direto pro meu ap. paguei a corrida, novamente 5 reais e subimos voando, entrei em casa e começamos a gritar como loucas, claro que de felicidade, abracei forte a thay.

Thay; Emannuelle Stuart você é brilhante!

Mannu: somos thay do alemão. - Caímos na risada

Thay: Você tem noção do negocio que a gente​ acabou de faze? a gente​ pegou a favela de graça, mannu de graça!

Mannu: não exagera que eu ainda não sei onde eu vou arrumar 5milhões.

Thay; O que? 5milhões são centavos comparado ao quanto aquela favela vale mannu, ela é enorme, a boca é bem no centro, tem barreira pra policia, salinha e se eles faturam 500 mil por mês é por pura e simples burrice por que ali com 4 bailes no mês se fatura 5milhões brincando.

Mannu: se ta brincando ?

Thay: se to? No mínimo aquela favela vale 500 milhões mesmo.

Mannu: eu não tinha noção disso!

Thay: agora você tem! E essa é sua chance de ser a mannu do viett.

Mannu: eu não to acreditando nisso.

Thay: Só que tem um problema.

Mannu; eu sei, mas fica tranquila que até a noite eu vou conseguir esse dinheiro.

Thay: porra mannu, não é isso, a favela eu pago suave, 5milhões eu faço de compras no shopping. O buraco é bem mais embaixo.

Mannu: porque?

Thay; a localização do viett é entre o campinho e a sousa, bem no meio das duas, se você pretende ser a melhor você vai se tornar inimiga tanto do seu pai quanto do seu amor.

Engoli a seco.

Mannu: isso é o de menos.

Thay: você sabe que não é mannu, o viett nunca foi uma ameaça nem pro campinho nem pra sousa porque só tinha cabaço na frente dele, é uma ótima favela e se você for fazer tudo certo vai ser uma grande potência.

Mannu: to preparada pra isso!

Thay: ótimo, então vamo começa a agir.

Ela pegou o celular, discou pra alguém e colocou no viva voz, chamou duas vezes e alguém atendeu.

I.D.L.
Thay: ooi meu amor.

Japa: que pega Mozão?

Thay: tem como você fazer um favorzinho pra mim.

Japa: lá vem, fala thauanni, fala.

Thay: eu preciso de 5milhões tipo pra agora!

Japa: 5 mil né?

Thay: milhões Japa!

Japa: porra, tu ta ligada que esposas normais pedem 50 reais pro marido né?!

Thay: eu não sou uma esposa normal!

Japa; é eu sei bem disso preju, vou vê o que eu faço e mando pelo japinha.

Thay: suave to aqui no ap. da mannu, não demora.

Japa: Pdp
F.D.L

Mannu: nescessito urgentemente de um marido igual o seu.

Thay: esse ae depois de feito quebraram o molde, nem Deus ia aguentar dois japa no mundo. - riu e eu ri também

Me joguei no sofá.

Mannu: sabe que a fixa ainda não caiu.

Thay; pois é bom cair porque você vai ter que fazer a limpa na favela ainda hoje!

Mannu: to pronta, posso te fazer uma pergunta um pouco indiscreta?

Thay: a vontade!

Mannu: se ta armada ?

Thay: não vi nada de indiscreto na sua pergunta, mas to sim porque?

Mannu: agora chega a parte indiscreta, onde você guarda a arma quando ta com roupa colada igual essa ? é que ontem eu tava com aquela arma que você me deu e eu não pude andar com ela porque ia marcar.

Thay: quando eu to na favela eu coloco ela na cintura, bem na marca da calcinha, eu deixo a mostra porque despensa pedido de respeito e mostra quem ta no comando, mas quando eu to no asfalto que ninguém precisa saber que eu to armada eu faço isso.

Ela levantou o vestido mostrando uma liga de couro na coxa dela e a arma presa na mesma.

Mannu; uaaal - ri

Thay: pode deixar que eu providêncio uma dessa pra tu, mas ae é bom tu cuida bem daquela arma tem, historia viu!

Mannu: se já matou alguém com ela?

Thay: só uns gambé, mas a historia dela é outra.

Mannu: qual?

Thay: eu sempre fui fascinada por duas coisas, palhacinhos e armas, entre os palhacinhos se distacavam os tenebrosos, entre as armas a 9, quando eu assumi minha favela eu mandei fazer uma 9 cromada pra mim e em todos os confrontos, foi ela que esteve comigo, nunca fiquei sem essa arma, coloquei o nome dela de esperança, eu costumava falar que essa era o meu terceiro filho.

Mannu: Nossa e porque você me deu ela ?

Thay: porque eu sei que você vai cuidar bem dela .

Mannu: não vou te desapontar, agora posso perguntar mais uma coisa?

Thay: vai pergunta!

Mannu; se coloco o nome dela de esperança por causa da musica?

Thay: uaal, parece que alguem andou escutando o cd que eu dei.

Mannu: logico.

Thay: "a minha esperança eu levo na minha cintura" ♪ - falou cantando.

Mann: tendeu.

Fomos interrompidas com o interfone tocando

Realidade CruelOnde histórias criam vida. Descubra agora