Rimos e logo o dia foi passando, já tava anoitecendo.
Quando eu senti um aperto forte no coração, tão forte que bateu o desespero e eu começei a chorar, passei quase meia hora chorando sem falar nada.
Até que resolvemos voltar pra casa. Mal entrei no carro e meu celular já tocou, era a Leticia. Eu já estava apreensiva, temendo que alguma coisa tivesse acontecido.
I.D.L.
Mannu: eai lett? - respirei fundo e falei de uma vez pra ela não perceber que eu tava chorando.Lett; mannuu -- falou entre os soluços. Nessa hora eu sabia que o pior tinha acontecido, talvez tenha matado moradores, ou até mesmo o Digão.
Mannu: invadiram?
Lett: não a nossa favela! - suspirou.
Mannu: como assim?
Lett: aqui era só uma distração mannu, a verdadeira operação era no Campinho.
Meu coração aumentou a velocidade, minha garganta fechou a ponto de eu quase não respirar, apertei forte o banco do passageiro e pensei no pior, meus sentidos foram ficando cada vez mais fracos, minha vista tava muito embaçada, usei o pouco ar que eu ainda tinha pra sussurrar e perguntei de uma vez.
Mannu: e o Dimme?
Lett: Foi preso!
Indagou e novamente caio no choro.
Sabe quando você ta caindo na inconsciência mais quer se manter acordada? Eu estava assim, mas era impossível eu não conseguia nem falar, eu já ouvia a voz da Lett muito distante, a última coisa que eu vi foi o japinha na minha frente e apaguei.
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Realidade Cruel
General FictionEmanuelle tem 17 anos e mora em um bairro de classe média a alta na zona sul, a vida dela tinha tudo pra ser perfeita se seu pai não fosse um monstro viciado, sua vontade é fugir de casa, mas ela não teria pra onde ir. A única que pode me ajudar é...