MANNU NARRANDO:
Chegamos na cobertura e o bola já tava me esperando, adentrei a sala que era luxuosa, diga se de passagem.
Bola: fala mannuzinha.
Mannu: eai bola, tranquilo?
Bola: orra melhor agora, quer dizer que minha bonitona é a mais nova donna Vietnã?
Mannu: puxou a ficha ou os boatos voaram mesmo?
Bola: um pouquinho dos dois!
Ri e ele me chamou pra sentar, tava tomando um wisky, sentei do lado do mesmo.
Bola: Me acompanha?
Mannu: Claro!
Ele colocou no meu copo e eu bebi um pouco.
Bola: sabe que o pai do iguinho também comprava comigo.
Mannu: que conhecidência.
Bola: demais, toda semana eu mandava a mesma quantia pra eles.
Mannu: estamos falando de quantos quilos?
Bola: Estamos falando disso.
Ele escreveu a quantidade de cada coisa, sorri ao ver e dei mais um gole no wisck.
Bola: então estamos falando da mesma coisa?
Mannu: é, não!
Peguei a caneta, risquei o que ele tinha escrito e coloquei cada droga que eu queria e ao lado a quantidade, na hora que o bola viu arregalou os olhos.
Bola; se vai querer receber por mês?
Mannu: não querido, eu quero essa quantidade por semana!
Bola: mais é o triplo mannu.
Mannu: eu sei!
Bola: você tem certeza?
Mannu: quem pensa pequeno não sai do lugar!
Bola: pelo jeito você ta pensando grande, até demais, será que a favela tem estrutura pra isso?
Mannu: eu vou fazer ter, pode ficar tranquilo. Agora será que tem como você me entregar essa quantia ou não?
Bola: pagando bem que mal tem?
Ele bateu com o copo dele no meu como num brinde, sorri em resposta.
Mannu: quando você pode me entregar?
Bola: hoje na madruga eu mando pelos motoboys, mas vão ser varias viagens!
Mannu: não tem problema, eu tenho quem receba e quanto ao valor, eu não tenho problema com isso!
Bola: que você não tem problema com dinheiro eu sei, até porque pra comprar uma favela que tava com gente querendo dar mais de 1 bilhão, você deve ter dinheiro pra dar e vender!
Mannu: então vamos acertar valores agora?
Mais uma vez ele pegou a caneta e escreveu o valor, na hora que eu olhei tentei manter a pose, claro que não era nada exorbitante comparado a quantidade de drogas que eu tava comprando mais ainda assim era uma boa quantia, dei mais um gole no wisck.
Mannu; podemos fazer a transferência agora?
Bola; mais é claro.
A thay já tinha me avisado que transferiu um dim pra minha conta e eu aproveitei já pra transferir pro bola, claro que assim que a boca começasse a render eu iria devolver tudo, afinal ela tava me dando a maior força.
Transferência feita o bola começou a mandar os motoboys entregar as drogas, claro que em varias quantidades pequenas afinal é foda dar bandeira, me despedi dele e desci até o táxi, liguei pro rádio da boca e o digão atendeu.
I.D.L.
Digão: quem chega?Mannu: a mannu, como ta a boca?
Digão: ta vindo uns loki atras de droga mais eu to avisando que a boca só volta no fim dessa semana.
Mannu: então pode avisar que amanhã a tarde já vai ta funcionando novamente e que sábado vai ter um baile.
Digão: tranquilo patroa.
Mannu: tem mais, eu comprei umas paradinha pra lojinha, ta chegando ai pelos motoboys, você é o responsável, é quase o triplo do que chegava ai antes então fica de olho, se pá só chego amanhã de manhã ok?
Digão: ta tranquilo!
F.D.L.Talvez eu tivesse depositando confiança demais em um cara que eu nem conheço, mas ele me passou confiança, e ele ta na masiota de ser meu novo braço direito, lógico que ele não vai pagar de vacilação né?!
Dei o endereço do tk pro taxista e ele acelerou pra lá, aproveitei pra mandar uma msg pra thay.
**ae thay, fiz o negocio com o bola, agora eu vou ver o que o tk pode fazer por mim, amanhã da uma passada lá que eu te passo a visão**
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Realidade Cruel
Ficção GeralEmanuelle tem 17 anos e mora em um bairro de classe média a alta na zona sul, a vida dela tinha tudo pra ser perfeita se seu pai não fosse um monstro viciado, sua vontade é fugir de casa, mas ela não teria pra onde ir. A única que pode me ajudar é...