Vampiros: Sangue & Sexo

Uma conclusão terrível

O sentimento de horror  era indescritível, Wilmot, tivera uma morte pavorosa e seus assassinos provavelmente eram  indivíduos extremamente perversos... o sofrimento que lhe imputaram fora de uma amplitude demoníaca.
Após conseguir me reequilibrar emocionalmente, disse:
- Doutor, quem poderia ter feito isso com nosso bom Wilmot?                    O médico tendo em mãos a sua eficiente lupa, examinava atentamente o cadáver ensanguentado:                 -hum.. interessante...   Suas palavras não faziam o menor sentido para mim, me aproximando mais, observava na vítima uma surpreedente ausência de sangue e cor... o que lembrava em alguns momentos a aparência de Khristina em sua infeliz doença:
- Doutor. . Não acha estranho a cor exageradamente branca da pele? Parece não haver nem uma gota de sangue em seu corpo. - o questionava.
O velho médico havia parado seu minucioso exame e parecia se dedicar a uma intensa e profunda análise dos fatos.
Se afastara lentamente alguns passos de mim, caminhando taciturno e com as pequenas mãos unidas atrás do corpo rotundo.
O deixei em paz com suas indagações, doutor Andrei era um homem culto e além de um brilhante cientista, portanto, necessitava de uma relativa privacidade antes de tirar suas conclusões sobre quaisquer assuntos.
Repentinamente, ouvi sua voz grave:
- Melhor deixarmos que as autoridades responsáveis cuidem do corpo, meu rapaz.
Venha! Voltemos todos nós para a residência, senhorita khristina talvez precise de nossos cuidados.
Nos afastarmos resignadamente, nosso retorno foi de absoluto silêncio, sendo quebrado somente pelos ruídos dos nossos passos e os soluços de dor vindos das empregadas chorosas que nos acompanhavam mais afastadas.
Chegando à residência, senhora Alesha, fora inspecionar Khristina em seu quarto, enquanto nós três, permaneciamos na sala, senhor Gorudin, visivelmente abatido com tamanha perda, preparava seu costumeiro cachimbo, de uma forma absorta:
- Wilmot. .. Wilmot - as palavras saiam de sua boca de forma mecânica.
- Senhor Gorudin, não tenho palavras para descrever minha perplexidade, Wilmot não fazia mal nem a um inseto. - murmurei.
- Somente por esse único motivo, toda essa brutalidade desnecessária me intriga, Gustafhson. Quem poderia em sã consciência cometer uma atrocidade dessas ? -  dizia, acendendo seu velho cachimbo.
Doutor Andrei, continuava impenetrável, até que de súbito disse algo inacreditável:
- Senhores...  - seu olhar penetrava em nossas almas:
- Ambos os casos... da senhorita khristina e do pobre cocheiro, tem uma terrível ligação entre si, foi o que amargamente conclui através das minhas profundas conjecturas, somadas à minha vasta experiência e  pesquisas.
As palavras do pequenino homem me causaram uma grande ansiedade e muitas dúvidas, pois, não conseguia comprender uma provável ligação entre  os casos.
Skibina dava prosseguimento a sua surpreendente conclusão:
- Após longas observações dos sintomas apresentados por senhorita Khristina bem como algumas marcas insólitas  surgidas em sua delicada pele, mais precisamente na região da jugular e posteriormente, analisando e comparando as marcas apresentadas pelo valente e prestativo Wilmot, dois fatos em comum me chamaram a atenção de uma forma categórica.  - O velho agora se levantara de sua cadeira e perambulava vagarosamente pela sala, talvez se preparando melhor para as revelações assustadoras que viriam a seguir:
- Portanto, meus senhores .. - sua fala fora inesperadamente  interrompida pela entrada da senhora alesha que se acomodava ao lado do marido.
- Bem .. como ia dizendo, minhas conclusões talvez possam soar meio descabidas ou desajuizadas, mas, no entanto, são ao que me parece, as mais conclusivas que pude perceber.
- Fale homem, pelo amor de Deus!  - bradava senhor Gorudin, com seu enorme cachimbo pendurado no canto da boca.
- Vampiros!  Toda essas ações, estão  impregnada das características e modus operandi  usadas por esses malditos seres das trevas e suas crueldades sem fim.