Vampiros: Sangue & Sexo

realidade

Meu despertar fora lento, ouvia vozes de crianças brincando na rua e uma música suave me banhava a alma..
- Finalmente nosso mais novo membro resolveu acordar!                            Conhecia essa voz! Esfreguei meus olhos e me apoiei na cama sobre os cotovelos, minhas suspeitas haviam se confirmado, Dylan estava sentado em uma mesa com mais três homens jogando cartas e um charuto pendia no canto da sua boca.
- O.. onde estou? Por quanto tempo estive desacordado?                    Dylan depositou suas cartas sobre a mesa e se levantou, vindo em minha direção...
A janela do quarto estava aberta e pude perceber o cenário negro da noite do lado de fora, seus passo ecoavam pela assoalho de madeira, parando próximo a cabeceira da cama:      
- Não se preocupe você está em boas mãos, nada poderá lhe fazer mal.      A fumaça azulada do charuto o envolvia em uma bruma turva...
Tentei me levantar mas fui atingido por uma violenta vertigem.
- Ainda está em fase de recuperação, amanhã estará melhor, isso é  perfeitamente natural, passei por todas essas etapas e confesso que tenho saudades desse período. Dylan se virou para os outros comparsas e todos começaram a sorrir de forma debochada.
Tentava entender o que se passou comigo até então mas as peças não se encaixavam, o que ele queria dizer colocar aquelas estranhas palavras?  Onde eu estava? Qual país? 
Meu irmão havia retornado para sua jogatina e frequentemente era despertado dos meus pensamentos com suas discussões ríspidas com seus amigos sobre  alguma quebra de regras no jogo, percebia que havia um dos homens que falava italiano e o outro um idioma que não conseguia identificar.
As mudanças em meu aspecto eram evidentes, minha pele morena e viçosa ganhara uma tonalidade pálida e sem vida e sentia uma fome de sangue inexplicável e assustadora.
As lembranças dolorosas  do passado eram agora rebuscadas em minha memória...
De repente ouço batidas na porta e um homem gordo e barbudo entra pelo quarto, indo até a mesa falar algo no ouvido de meu irmão, que se levanta rapidamente junto com seus subordinados... fechando a porta, ele me diz:
- Agora descanse Gusthafson, amanhã iremos ter uma longa conversa e espero que você compreenda e aceite sua nova condição.
Um silêncio absoluto me acompanhou em minhas reflexões pela noite, até que mergulhei em um onda de sonolência implacável me desligando do mundo ao meu redor.