Vampiros: Sangue & Sexo

uma batalha decisiva

Mantivemos por alguns minutos ocultos por entre as densas cortinas e me refazia das cenas terríveis que acabara de presenciar, meus pensamentos se dirigiram a khristina e o quanto deveria ter sofrido nas mãos desse demônio bebedor de sangue.
As duas infelizes garotas não tiveram uma única chance de sobrevivência, foram assassinadas impiedosamente diante dos nossos olhos incrédulos.
- Vamos meu rapaz,  chegou a grande momento de destruirmos esse assassino! Não percamos mais tempo! - o velho me fez voltar a realidade bruscamente, me virei ao seu encontro  agarrando meus pertences.
- Meu rapaz, quero que você pegue os recipientes com o líquido inflamável e  espalhe por todo o cômodo, entendeu? Não deixe nada para trás,  isso é de suma importância! Enquanto isso, vou entrar no covil do demônio e prende-lo em seu próprio caixão com essas cordas, para evitar uma possível fuga durante o incêndio. Agora vá! vá logo! Não temos tempo ! VÁ! 
Corri em direção aos enormes sacos atrás de mim, pegando vários litros contendo uma substância amarelada e de cheiro horrível, comecei a espalha-la por todo o ambiente, enquanto via o médico  desaparecer na escuridão rumo ao quarto do vampiro.
No céu a negritude já havia se dissipado praticamente por completo e os primeiros raios de sol cingiam de uma tonalidade dourada os cumes mais altos das montanhas... prosseguia com minha tarefa de  forma afoita e com as mãos trêmulas, quando de repente, ouvi passos apressados rompendo a sala e o hediondo mordomo Benetto surgindo em minha frente... carregava uma fisionomia que transbordava o mais puro ódio:
Tomando a garrafa das minhas mãos, dizia palavras que não compreendia:
- Accidenti cosa pensa di fare? Finirò con te!
Nos engalfinhamos em uma luta feroz de vida ou morte no centro do amplo salão, o mordomo me acertara um soco no rosto que me fez voar e cair em meio ao chão molhado, em seguida, se atirou sobre mim me desferindo golpes sucessivos... sua face sádica exprimia um enorme prazer em me trucidar. Tentava me defender de todas as formas, mas a posição me era extremamente desfavorável, facilitando  toda a ação vil do horrendo servo e o seu ataque brutal, sentia as feridas surgirem em meu  rosto que sangrava bastante, Benetto  possuia uma força descomunal e percebia que estava condenado se me mantivesse por mais tempo naquela situação.
A brutalidade dos seus golpes eram cada vez mais devastadores e dolorosos, me sentia desfalecer e a cabeça rodopiar a cada pancada brutal que recebia... em sua face monstruosa se desenhava uma expressão de triunfo.      Ia perdendo as forças a cada pancada violenta que recebia e minhas visão se tornara turva em meio a tantos golpes poderosos... encontrando ainda meios de raciocinar em meio ao turbilhão de violência que era submetido, me lembrei do meu punhal que sempre trazia em minha algibeira, iniciei uma busca desesperada  pela minha única e derradeira chance de sobreviver...  desloquei a mão pelo meu corpo e senti a superfície dura do cabo da minha velha arma, agarrando-a com determinação e a cravei  furiosamente nas costelas de Benetto, que soltara um berro inumano... novamente a enterrei mais e mais vezes... me aproveitando de sua distração provocada pela dor, o empurrei para longe com meus pés. Com dificuldades consegui me erguer e me apoiar no parapeito da janela inundada pela luz do sol, 
Benetto se contorcia em agonia e tentava estancar a forte hemorragia que banhava suas vestes,  em seguida,  levantou sua cabeça disforme lentamente em minha direção...  sua expressão era de fúria revelada em um olhar cruel, me mantinha parcialmente de pé e recuperava meus sentidos quando o vi iniciar uma corrida louca em minha direção, se assemelhava a um animal enfurecido emitindo um grunhido  animalesco...  não havendo outra alternativa, me esquivei instantaneamente do seu novo ataque e então pude ouvir o estrondo da  madeira se rompendo e o seu mergulho pela janela quebrada às minhas costas, o berro de horror que soltara durante a queda fora horrível... me encaminhei até à janela e vi seu corpo ensanguentado em meio às pedras, sem vida.