Vampiros: Sangue & Sexo

Um tema delicado

- Crê em demônios, Gustafhson?                 O provocante nobre maliciosamente havia me inserido naquela conversa insólita.
- Quando me refiro a demônios não quero necessariamente fazer alusões aos seres fictícios e jocosos que mencionei momentos atrás. - o distinto conde se mantinha incrivelmente estático, me fitando fixamente nos olhos:
- Me refiro a demônios reais e palpáveis... seres que perambulam entre mortais a milênios e acompanham o homem desde o início de sua penosa jornada.
Os rumos que tomavam aquela conversa me deixava cada vez mais tenso e aflito, não estava habituado a dissertar sobre assuntos tão complexos, mesmo assim resolvi dar minha opinião:
- Tenho uma sólida convicção que sim, senhor Conde, a poucas semanas tivemos provas irrefutáveis da presença de tão desprezíveis criaturas, um dos nossos valiosos funcionários fora brutalmente assassinado de uma forma desumana e até o momento, não obtivemos nenhuma explicação palpável sobre o autor do macabro homicídio,  alguns empregados da fazenda disseram que acontecera fatos semelhantes em regiões próximas à  nossa.
Maximilian se mantinha inalterado em seu humor, apenas continuava me encarando com um imperceptível sorriso de deboche:
- E acredita que tais mortes sejam obra de demônios? - seguia com sua provocação.
Confuso, buscava com os olhos o amparo do velho médico que apenas observava, percebendo minha angústia latente, interveio novamente, me causando um enorme alívio:
- Me desculpe intrometer em um diálogo tão particular, mas me senti impelido a participar. - Agora era a vez de se levantar e iniciar um footing lento pela sala:
- Veja bem, meu excelentíssimo Conde Maximilian, acredito ter mais condições de lhe responder essa interessante pergunta, de uma forma mais abrangente, do que meu estimado amigo pessoal Gustafhson, a quem rendo os meu mais profundo respeito e admiração. Andrei me fitava de uma forma paternal, prosseguindo:
- Diante de tantas décadas dedicadas ao desempenho da medicina, que tanto me alegra, também tenho uma outra paixão no qual sempre a exerci de forma paralela, que é o estudo e análise de fenômenos paranormais ou inusitados como queiram. E nesses longos anos, vivenciei experiências variadas e impactantes no qual algumas não passavam de ridículos embustes e outros se mostram verídicas e aterradoras. - Andrei  interrompera seu discreto caminhar próximo a uma escultura de uma mulher nua fazendo sexo oral em uma suposta orgia e admirava minuciosamente a estupenda obra de arte.
- E nesses seus... estudos... que tipos de seres encontrou pelo caminho, doutor? Foram muitos?  - o Conde apoiara queixo proeminente sobre suas mãos unidas, sua voz era carregada de dissimulação.
- Não muitos posso lhe garantir amigo Maximilian... mas, existem uma categoria de demônios que são relativamente mais comuns e que como o fidalgo bem o disse, perambulam por entre os mortais a séculos, sem serem na maiorias da vezes percebidos, pela sua impostora cordialidade. Vampiros!                      Bebedores de sangue! Existem variadas nomenclaturas para esses seres diabólicos, se me permite o emprego de palavras tão infelizes.