- Como foi sua noite, meu rapaz? Pude notar sua perturbação... - Andrei me dirigia a palavra, enquanto pousava sua pequenina mão sobre meu joelho.
Meu olhar se perdia nas paisagens sombrias da noite através da janela da carruagem.
- Senhor Andrei, posso lhe assegurar que foram momentos terríveis, os piores de toda a minha vida. - minhas palavras soavam amargas, mas precisava desabafar ou correria o risco de enlouquecer.
- Veja bem, Gustafhson, não querendo justificar os terríveis acontecimentos, gostaria que deixasse de lado por um minuto sua revolta e fizesse um diminuto esforço em compreender meu humilde raciocínio sobre o ocorrido.
- Pois não doutor, prossiga. ..
Soltando um leve pigarro e se ajeitando melhor na poltrona, o velho dava continuidade às suas explicações:
- Meu rapaz, se analisarmos friamente toda a dinâmica dos acontecimentos, poderemos chegar a conclusão de que senhorita khristina não teve absolutamente culpa alguma no seu lascivo incidente passado. Pelos meus estudos e investigações sobre a modus operandi dessas diabólicas criaturas, pude chegar à conclusão de que o ser maligno, durante seu ataque, se valia de todo o seu magnetismo demoníaco para hipnotizar ou enfeitiçar a pobre donzela, sua noiva, que, como bem disse, lutava com todas as forças para se desvencilhar da emboscada na qual era vítima. - doutor Andrei apoiara seu pequeno cotovelo na janela do veículo e gesticulando nervosamente, prosseguiu:
- Esse, meu caro, é um procedimento extremamente característico desses monstros, que seduzem ingênuas donzelas, se aproveitando de suas mentes inocentes e sonhadoras, as envolvendo em um verdadeiro turbilhão erótico e que em muitos casos, após desvirginá- las, as mata friamente, sugando seu sangue até a última gota de uma forma cruel e sádica.
Percebia o quão rude estava sendo com minha amada, que sofria com minha indiferença, jamais poderia supor uma hipótese tão plausível e convincente sem o apoio do amigo doutor, que com toda a sua sabedoria, me fazia observar os fatos de uma outra perspectiva.
O médico exibia um sorriso amável em minha direção, talvez pressentido os efeitos positivos e esclarecedores que sua palavras realizavam em meu íntimo.
Após um longo silêncio, disparei:
- Doutor Andrei, se realmente ficar comprovado através de suas observações, que o Conde Maximilian Rossi é na verdade um bebedor de sangue, como desconfia, qual será nossa linha de ação? Não podemos permitir que uma criatura monstruosa como essa continue a cometer seus bárbaros crimes impunemente.
Agora fora a vez do médico o horizonte enegrecido que nos rodeavam e após um breve instante, dizer:
- Meu rapaz, se todas as suposições se concretizarem, certamente teremos que agir, mas devemos ser bastante sucintos e determinados em toda a nossa metodologia de ataque. Muito se escreveu sobre formas e técnicas ensinando aos mortais como destruir esses seres das trevas, entretanto, várias delas, através de deduções particulares, se mostraram ineficientes e patéticas.
O encarava com uma grande apreensão:
- Então não temos meios de destruí-los ?
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Vampiros: Sangue & Sexo
УжасыUma novela surpreendente do início ao fim e repleta com todos os ingredientes indispensáveis a um clássico de horror: sexo em alta voltagem, violência e sangue ! Literatura para pessoas fortes! !