Vampiros: Sangue & Sexo

Um sonho revelador

[ Vislumbrava com clareza a extensa fazenda com suas porções de terra a perder de vista refletidas na luz do luar, os animais  repousavam  placidamente nos  currais e alguns ainda insistiam em pastar... mais ao fundo, a visão da nossa casa me inundava a alma de argulho, onde o telhado refletia um singular brilho prateado e pela chaminé navegava uma tênue fumaça esbranquiçada que se dissolvia no ar fresco da noite.
Todo aquele cenário tranquilo e bucólico me proporcionava uma enorme felicidade e bem estar...
Uma fraca luz amarelada se precipitava sobre a fachada da residência, e no seu interior todos estavam mergulhados em um sono tranquilo.
Enquanto observava todo aquele cenário  mágico à minha volta comecei a perceber a movimentação de um  estranho vulto negro  que surgia inesperadamente puxado por animais fabulosos...
Julguei ser um comportamento  bastante suspeito, o  veículo estacionara  lentamente em frente à residência, a princípio, pensei que talvez se tratasse do nosso amigo médico, mas o que estaria ele  fazendo sozinho e em um horário tão avançado? A portinhola da carruagem de abriu e um estranho ser saltara de seu interior, puder ter a absoluta convicção de não era Andrei, era um indivíduo bem mais alto e de porte atlético, que de modo estático  observava a residência... em seguida, desapareceu através da varanda escura.
Tomado pelo temor  de que algo grave poderia acontecer com a minha família, resolvi verificar o que poderia estar a ocorrer. Sem titubear, iniciei meu trajeto com os olhos fixos em direção à casa... o suor brotava em cada poro do meu rosto gelado pela apreensão, meus passos vacilantes aumentaram de velocidade à medida  que o tempo passava e  meu pressentimento era de que alguma coisa  terrível poderia estar acontecendo.
O silêncio era mortal,  somente se podia ouvir o chiado da minha respiração pesada, tentava desesperadamente  umedecer meus lábios ressecados mas não encontrava saliva suficiente, desejava encontrar algum empregado desperto, mas não via ninguém.
Finalmente consegui chegar até a varanda que para meu espanto estava vazia, a porta se conservava intacta e sem nenhum sinal de arrombamento, enxugando o suor com as mangas da camisa resolvi rodear a casa com o intuito de observar alguma anormalidade em seu interior, passei então a vascular cada centímetro minuciosamente, atrás de algo inusitado.
Seguia com meus passos trôpegos, tateando na madeira ressecada, ao mesmo tempo que colava meu ouvido em sua extremidade em busca de algum indício de perigo.. mas tudo se encontrava em um silêncio mortal.
Mais adiante, avistei  o quarto de Khristina, observei sua janela aberta e com as cortinas levemente afastadas, minha respiração se acelerou de uma forma inacreditável e meu coração pulsava freneticamente em meu peito, rumei em sua direção e me agachei, me posicionando bem abaixo da janela, comecei a erguer meu corpo vagarosamente em sentido vertical... meus olhos se aproximaram do parapeito, minha apreensão era insuportável... até que para minha infelicidade, pude testemunhar algo horripilante e perturbador. ]