Uma intrigante pergunta

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Conde Maximilian se mantinha em sua postura gélida e indiferente e confesso que aquela longa e tensa visita já me ocasionava um grande desconforto e  cogitava a hipótese em deixarmos imediatamente o castelo.
- E conhece muitas histórias envolvendo esses... vampiros, senhor Andrei ? - o fidalgo voltara seu olhar para o  médico.
- Naturalmente que sim, meu caro Conde, como lhe disse, dedico aos estudos dos fenômenos  extraordinários a muitas décadas e posso lhe afirmar que são relatos surpreedentes e que  terei um enorme prazer em lhe fazer conhecer , mas talvez em uma outra visita, quem sabe.. Er... meu rapaz, penso que devamos deixar Conde Maximilian, que tão gentilmente nos recebeu, iniciar seu merecido repouso. Já estamos em uma quase madrugada e amanhã temos infindáveis  obrigações a cumprir. Andrei se dirigia ao Conde com um sorriso de satisfação nos lábios.
- Oh! Fico lisonjeado com seus elogios meus estimado doutor e gostaria que permanecessem por mais alguns momentos, mas vejo que minhas tentativas seriam ineficazes, após tão irrefutáveis argumentos. Mas desde já, os convido para me retornarem  quando quiserem, as portas de minha modesta residência estarão  sempre abertas para vocês e também a nobre família Gurodin. E... a propósito, Gustafhson, como vai senhorita khristina? Se encontra melhor de sua indisposição?  - me inquiria, com os olhos frios e um sorriso de escárnio nos lábios.
Ao ouvir aquelas surpreedentes  palavras, foi tomado pelo pavor, buscava disfarçar meu nervosismo a todo custo, olhando para Andrei que me fitava com igual assombro.
Depois de alguns segundos que pareceram uma eternidade, respondi:
- Graças a Deus, tem melhorado a cada dia, senhor Conde e lhe agradeço pela gentileza e preocupação.
O impenetrável  fidalgo se virara lentamente em direção ao medico:
- Se conseguiu chegar a alguma conclusão sobre o que de fato aconteceu com tão inocente donzela, senhor Andrei?
O experiente doutor se mostrava incomodado com aquela pergunta dissimulada e procurava manter a calma dissertando sobre inúmeras outras possibilidades, amparado pelo seu vasto conhecimento em medicina.
Certamente não queria expor ao Conde suas reais desconfianças, o que poderia compromete suas investigações e possíveis retaliações, passara então a realizar um verdadeiro monólogo, com suas longas e enfadonhas explicações sobre as mais variadas possibilidades.
Após a estafante palestra, finalmente, nos despedimos do polido aristocrata que, elegantemente,  pegara um minúsculo sinete de prata sobre a mesa de centro,  fazendo-o reproduzir um agradável som, imediatamente, o horripilante mordomo surgira na sala:
-Benetto, accompagnare i nostri ospiti all' uscita.
-Si, signore! -a assustadora voz do  serviçal soou baixa e submissa.

Vampiros: Sangue & SexoOnde histórias criam vida. Descubra agora