Conde Maximilian Rossi

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Passos altos e secos  começaram a ser ouvidos se aproximando e  ecoavam pelas instalações sombrias da magnífica residência, pelos sons que emitiam, se poderia supor que pertenciam a um indivíduo bastante confiante e ousado.
Minha respiração se acelerava e a cabeça fervilhava em   inúmeras hipóteses. Seria muito jovem? Teria a aparêcia repugnante de seu servo? 
-  Buona sera, miei amici! 
Uma voz incrivelmente agradável preencheu ampla sala, acompanhada por  um homem de feições belíssimas e modos refinados... Nos levantamos rapidamente diante de sua presença radiante:
- Não, não, meus amigos, não se incomodem com etiquetas, permaneçam em seus lugar, per favore!
Encontrávamos encantados com os modos daquele homem extremamente polido e carismático.  Analisando suas feições e formas com mais calma, poderia se dizer que possuía entre um metro de oitenta em um corpo bem distribuído e elegante, suas vestes negras e ajustadas ao corpo se assemelhavam as de  um verdadeiro Lord, já o belo rosto anguloso era composto de olhos verdes, limpos e penetrantes, a pele, no entanto, era pálida como a superfície de um papel e os lábios rubros eram  expressivos e bem desenhados.
Doutor Andrei se apressou em lhe  cumprimentar de forma amável, na minha vez, pude senti seu aperto de mão poderoso e firme, o que denotava muita energia, enquanto dizia:
- Oh!  Vejo que Benedetto lhes oferecera alguns petiscos!  Per favore sentem-se! Como foi a viagem Gustafhson? Conseguiu conciliar algum tempo na administração da fazenda para me fazer uma agradável visita de boas vindas?  - me dirigia inesperadamente a palavra e se sentando lentamente de frete para nós, em uma  luxuosa poltrona  pessoal.
Aquela pergunta me causou uma grande  surpresa, não pelo tema em si, mas por ele já demostrar um certo conhecimento sobre meu cotidiano reservado.
Desconcertado com tamanha intimidade, lhe respondi aducadamente:
- Sim, senhor Conde, sempre gosto fazer novas amizades, principalmente com nobres como o senhor. A fazenda, na verdade, me consome muito tempo, mas mesmo assim, resolvi acompanhar meu estimado amigo doutor Andrei Skibina nessa simpática visita.
- Certamente, sua propriedade é muito bem cuidada e as responsabilidades crescem a cada dia. - dizia.                                Seus olhos frios e impassíveis me analisavam profundamente. Conde Maximilian Rossi era um homem possuidor de um impressionante auto controle, era patente se constatar esse detalhe observando-o em seu comportamento, a voz era sempre no mesmo tom agradável e melodioso, sua gesticulação era estritamente essencial e minimalista, me causava assombro sua postura indefinidamente  imóvel e impassível como uma estátua, enquanto nos ouvia dissertar sobre os mais variados assuntos.
- Mas me diga excelentíssimo doutor Andrei, como estão os avanços da medicina? - prosseguiu: Quando definitivamente se irá descobrir uma cura para a terrível escarlatina, que tem dizimado milhares de inocentes todos os anos per il mondo?
O velho médico se alegrara com interessante pergunta:
- Meu caro Conde Maximilian, fico muito feliz que se interesse pelos sofrimentos dos pobres infelizes que são acometidos por essa essa mortal enfermidade, mas acredito que uma cura final ainda está bem longe de acontecer, o que podemos fazer é tomar medidas paliativas, como oferecer chás e urguentos aos nossos pacientes e orar ao bom Deus por misericórdia. - o médico soltara um longo suspiro.

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