Indiferença

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A noite fora longa pra mim, meus olhos se mantiveram longamente fixos no teto do quarto a noite toda, meditava sobre tudo o que amargamente ouvi naquele sala momentos atrás.
Doutor Andrei nada afirmara diretamente em suas explicações, mas tudo levava a crer que de fato, todas aquelas cenas  relatadas de forma tão sórdida foram reais.
Uma revolta mesclada com uma gigantesca fúria se acumulava em meu peito e as lágrimas que bravamente evitara na presença de todos agora rompiam em cascatas inundando meu rosto.                       Me indagava quem seria essa figura enigmática que seduzira khristina de uma forma tão arrebatadora?
Obviamente que o doutor tinha suas convicções já estabelecidas, mas como era um homem extremamente cauteloso e ardil, evitava expor suas teoria e suposições de uma forma definitiva.
A única alternativa em se descobrir alguma pista sobre esse estranho personagem seria me unir ao bom médico em suas investigações. A princípio, não me dispunha a acompanha-lo na visita a esse novo morador, mas diante da enorme mágoa que me corroia e o irresistível desejo em conhecer esse mísero sedutor de donzelas,  me decidi em ir.
O dia finalmente surgiu, fui pegar no sono quando já estava praticamente amanhecendo, mesmo cansado saltei da cama em busca de um banho gelado que me revigorasse as energias, me vesti e deixei meu quarto, queria mergulhar no trabalho e esquecer a traumática noite anterior.
Me encaminhei até a cozinha e  cumprimentei senhora Alesha de uma forma amorosa como sempre o fiz, a simpática senhora preparava um delicioso desejum, me sentei e fui logo servido:
- Gustafhson estou muito triste por tudo que aconteceu ontem.- dizia, enquanto acomodava as bandeijas com pães e bolos sobre a farta mesa.
-  Toda essa história sem nexo me deixou bastante atônito, vou precisar de um tempo para refletir e analisar toda a situação e conto com o auxílio do doutor Andrei que me será fundamental. - murmurei.
Ouvi a porta do quarto de Khristina se abrir, rapidamente me despedi da senhora e rumei para minhas obrigações na propriedade.
Não queria travar nem tipo de conversa com Khristina e nem ouvir suas explicações vazias sem antes me aprofundar nos acontecimentos.
A dor era muito grande e crescia a cada momento,  minha mente era um turbilhão de pensamentos de todos os tipos e estava se transformando em um martírio isuportável .
O dia seguiu normalmente na fazenda, recebemos algumas visitas de fazendeiros em busca de aprimoramento e fechamos alguns negócios. Já era início de noite quando já estava em meu quarto à espera do valente doutor.
Estava perdido em meus pensamentos quando através da janela aberta pude constatar sua ruidosa chegada e me encaminhei decidido para fora da residência.   O doutor me saudara amavelmente na varanda e rodeado pela família que o recebia com muita felicidade
- Oh! Meu rapaz, vejo que não tem problemas com a pontualidade heim.. imaginei que ainda estivesse na lida da fazenda.- disse, apertando minha mão.
-Vamos doutor? - lhe respondi, ignorando a presença de Khristina ao seu lado que me encara com os olhos tristes.
Rumamos para o interior do veículo e partimos em direção ao castelo sobre os agonizantes raios do sol que desapareciam no horizonte

Vampiros: Sangue & SexoOnde histórias criam vida. Descubra agora