Vampiros: Sangue & Sexo

a preparação

Um longo tempo havia se passado e subitamente fui interrompido em minhas amargas recordações, por barulhos de passos apressados adentrando pela casa vazia, saltei da cama  esperando pelo pior... os sons pararam em frente à porta, em seguida, um violento estrondo a fez abrir de uma só vez e doutor Andrei surgiu no interior do cômodo, sua expressão era de  decisão e urgência:
- Vamos meu rapaz, hora de iniciarmos nossa vingança contra essa cruel criatura das trevas! 
O velho exprimia o mais puro ódio e rancor, trazia consigo uma pesada mochila carregada de equipamentos que seriam usados em seu  plano.
Me apressei em pegar alguns pertences pessoais que poderiam me ser úteis, entre eles, meu inseparável punhal, deixei meu quarto e já na parte externa  acomodamos todos os apetrechos em nossas montarias e partimos em disparada rumo ao maldito castelo do Conde.
A noite exibia uma atmosfera pesada e sombria, com pesadas nuvens que encobriam totalmente  o céu,  a chegada do inverno trouxera uma significativa mudança na paisagem, o vento cortante e frio incomodavam bastante, mas em face da urgência de nossa  jornada, quase não nos importávamos com detalhes insignificantes.
O velho médico ia ao meu lado emudecido e determinado em colocar logo em prática seu ardiloso plano, seguia com seu olhar fixo no horizonte, enquanto nossos animais bufavam e galopavam velozmente pelas estradas escuras.
Subíamos agora por uma encosta rodeada pela densa mata, o que indicava que estávamos próximos ao nosso objetivo, sabíamos que era uma escolha sem volta e que no final daquela noite alguem sairia vencedor de uma batalha que apenas estava em seu inicio.
Após passarmos por uma velha ponte, eis que surgia o gigantesco castelo do vampiro...  apeamos e deixamos os animais amarrados em um local oculto, próximo a um estreito córrego e com bastante verde que lhes serviriam de alimento, em seguida, retiramos toda a bagagem das celas e nos apressamos em encontrar um local adequado para nos servir de abrigo. Nosso esconderijo foi onde Andrei já havia estado antes em suas  vigílias e a vista era excepcional, dali poderíamos acompanhar toda a movimentação que vinha do castelo.
A noite avançava de uma forma rápida e nossa ansiedade crescia a cada minuto, olhávamos para o interior daquela macabra fortificação  e o que víamos era a mais absoluta quietude e escuridão, mas sabíamos que a qualquer momento esse cenário deveria mudar e tínhamos que estar preparados para agarrar essa rara oportunidade.
Doutor Andrei remexia em sua bolsa e retirara de seu interior uma garrafa de vinho, desarolhando-a com facilidade e sorvendo  um generoso gole, me ofereceu:
- Tome meu rapaz,  isso ajuda a relaxar um pouco a tensão, pode ser que o desgraçado ainda demore a iniciar sua matança pela noite.