A chegada

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Apesar da parca luminosidade podia-se observar certos aspectos que permeavam de medo aquele ambiente macabro, com suas paredes absolutamente negras como um velho túmulo, além de enormes esculturas esculpidas em mármore, que retratavam seres mergulhados em situações extremamente  angustiosas. A cripta do vampiro se localizava exatamente no centro do cômodo e era sustentado por dois robustos cavaletes em suas extremidades. O velho médico parecia analisar as possibilidades da nossa ação, realizando uma minuciosa varredura em todo o cenário.
- Acho que poderemos pega-lo ? - lhe perguntei.
-Sem dúvidas, se tivermos a paciência e o sangue frio necessários para aguardamos o momento exato, lhe afirmo que nossas chances são ótimas. - os olhos de Andrei brilhavam de ódio. De repente, um urro lamorioso preencheu todo o ambiente, interrompendo bruscamente o nosso diálogo e nos envolvendo em uma terrível sensação de pânico... o brado contínuo tinha características inumanas e era carregado de agonia e grande sofrimento. O velho exibia uma fisionomia fantasmagórica refletida pela luz fraca do lampião, seus olhos esbugalhados denunciam um gigantesco horror:
- Santo deus ! Que será isso? Você ouviu? - dizia, enquanto rumavámos para a saída do quarto.
Adentramos pelo amplo salão pricipal na expectativa de ouvirmos novamente aquele lamento horripilante... os minutos se passavam lentamente, mas nada se pode ouvir, instantes depois, fomos pegos novamente de surpresa com um vigoroso estrondo vindos do lado externo do castelo, corri até a janela puxando levemente a cortina, onde pude observar o retorno da monstruosa carruagem negra trazendo o Conde.
Rapidamente corri em direção ao medico:
- Doutor, o vampiro está de volta, temos que nos esconder em algum lugar!
Seguimos em direção a um reduzido cômodo anexo à sala, nos metemos atrás de uma longa cortina que tomava toda a parede e que nos manteria ocultos sem dificuldades.
Os momentos que se seguiram foram de muita apreensão e expectativa, aguardávamos a qualquer momentos a entrada do maldito assassino pelas dependências do castelo, certamente já teria cometido suas atrocidades habituais, matando inocentes em troca de sangue e diversão, minha revolta crescia em proporções absurdas e somente pensava em destruir aquela criatura amaldiçoada.
Os sons ficavam cada vez mais fortes e intensos, parecia que o maquiavélico ser estava acompanhado, pois, era nítido ouvir risadas altas e escandalosas de mulheres e muitos passos subindo juntos pelas escadarias.

Vampiros: Sangue & SexoOnde histórias criam vida. Descubra agora