Bafhomet

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Seus olhos permaneciam semi abertos apesar do colossal volume de poeira que era suspenso com a rotação frenética do estranho fenômeno.
De repente, um forte clarão rasga as trevas do firmamento como um flash, seguido de um  violento estrondo que  retumbou por todos os cantos.
O jovem mirava o céu revolto dominado pelo mais absoluto pavor, seus olhos nervosos  procuravam respostas para as suas terríveis inquietações interiores... se virando novamente para o gigantesco vórtice negro, sua estupefação fora irreal, pois, uma enorme silhueta se formava rapidamente em seu interior,  desenhando os contornos de uma  criatura bizarra  envolvida na névoa escarlate.
Os olhos de Dioclesius se esbugalharam de horror, o jovem  buscava de todas as formas  interpretar o que era aquilo.
Aos poucos sua curiosidade foi se dissipando à medida que conseguia compreender com  mais exatidão quem era a horripilante criatura que surgia diante de seus olhos incrédulos... um enorme ser de mais de três metros de altura com grotescas patas em lugar de pés, das costas incrivelmente largas  pendiam duas asas imponentes, belas e negras como a noite, o corpo robusto e impressionante se traduzia em uma mistura harmônica entre o masculino e o feminino, onde o tórax musculoso e desnudo  era constituído de seios enormes e roliços pendentes, a cabeça era de bode, cuja fronte trazia estampado um intimidador  pentagrama, suas feições eram carregadas de ódio.
- Era verdade... - o jovem repetia para si mesmo esboçando um sorriso de triunfo:
- O que prometera o velho sacerdote egípcio se concretizou.- murmurou.
A estranha criatura andrógina contemplava friamente Dioclesius no chão.
- M.. mestre. . Me ajude, por favor, preciso de sua ajuda - o general suplicava pelo socorro da besta que se mantinha imóvel o encarando em silêncio...
Instantes depois, o estranho animal iniciara uma marcha  em direção ao romano que sorria de forma  nervosa.
Os barulhos dos seus  cascos duros em atrito com a terra seca  eram altos e perturbadores... movimentava seu grotesco corpanzil com dificuldades e seus olhos vermelhos se mantinham fixos em Dioclesius.
- Me. . Me ajude, Bafhomet, me ajude.. mestre. ..- o jovem repetia suas súplicas com os olhos marejados d' água.
O bizarro animal exibia uma expressão petrificada em sua mórbida face e de sua boca escorria uma baba volumosa, que respingava nos enormes seios.
- Me. ..me ajude, por favor. . - Dioclesius erguia seus braços em direção a satânica criatura.
Inesperadamente, o colossal demônio agarrara o jovem pelo pescoço, o erguendo na altura dos seus olhos malignos e embraseados como fogo. Dioclesius se debatia em agonia e pavor, o terrível animal, no entanto, não expressava nenhum sentimento e o fitava de forma indiferente, se aproximando cada vez mais de seu  pescoço.
O jovem chorava como um bebê, seus olhos se arregalaram tomado pelo mais  insuportável horror quando a besta cravara seus dentes afiados em sua jugular, o infeliz romano soltara um berro inumano, enquanto se esperneava violentamente.
Bafhomet, sugava seu precioso líquido rubro que jorrava como cascatas
encharcando o solo.

Vampiros: Sangue & SexoOnde histórias criam vida. Descubra agora