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WESLEY

Hoje eu acordei com muita saudade da minha preta, senti até o cheiro dela lá na base. Saí pra adiantar uns bag e fui almoçar na minha avó. Fui na Jamilly, peguei o Junior e parti pra lá. Nada melhor que a comida da minha velha e ficar com minha cria.

Passei o dia todo lá e esqueci do mundo. Tava dormindo na rede e a Talia chegou da faculdade, falou de longe e entrou. Depois de um tempo, voltou ela e sentou lá perto de mim, ficamos trocando uma ideia maneira, ela me dando uns papo pra frente, falando pra eu sair dessa vida, porque eu sempre fui um moleque inteligente, merecia mais.

WL: Pô, como tá a Malu?
Talia: Tá bem, pô.
WL: Fiquei boladão, naquele dia não falei com ela. Será que a gente nunca vai ter oportunidade de esclarecer as parada um pro outro?
Talia: Sinceridade? Não. O pai dela a proibiu de subir o morro, porque naquele dia que ela veio me visitar aqui, na hora que tava metendo o pé, tomou uma coça pra alguém quem ela nem sabe quem é. E o Wagner que ajudou ela.
WL: E tu só me fala agora, porra? – eu levantei puto, na intenção de achar a filha da puta que fez isso.
Talia: Ela pediu pra não falar. Falou que isso era a certeza de que vocês não poderiam ter nada mesmo.

Levantei puto, escutei a Talia me gritar, se foda. Montei na moto e fui na direção do ponto, dei de cara logo com o Wagner, ele me deu o papo certinho, brotei aonde? Na Jamilly. Já cheguei empurrando a porta e catei ela pelos cabelos, segurei firme no queixo dela e ela negou, começou a chorar, disse que não foi ela, que ela não tinha porquê fazer isso, e tal. Mas o cara não ia mentira pra mim, foi criado lá em casa com a gente, amigão da Malu. Dei um dentrão nela, que tentou me revidar e dei outro. Dei meu aviso e eu nem sou de bater em mulher, não gosto mesmo. Quebrei a televisão, e mais uns bagulho que vi na minha frente. Quem pagou aquilo tudo fui eu, foda-se.

(...)

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