73

4.4K 267 0
                                    

Marina e eu ficamos mais um tempo rolando na cama, vendo TV. Dei um banho nela e desci pra dar algo pra ela comer. Contei a ela que todo mundo vinha pra cá.

Marina: Até o "xio Weley"?

Malu: Aham, filha. Até ele. - eu ri e balancei a cabeça negativamente. - Você gosta dele?

Marina: Sim. - e comeu um pedaço da maçã.

Não demorou muito e a Edna chegou com as crianças. Eles me deram um beijo e logo foram brincar. Contei tudo pra ela, sobre o Wesley e sobre a mudança de comportamento do Felipe.

Edna: Filha, pensa bem. Vai pra lá, vê como ele vai agir, o que ele vai fazer, falar. E depois você vê o que você quer. Imagino o quanto deve ser difícil, tá acontecendo tudo junto.

Malu: Eu sinto que vou fazer merda.

(...)

Ficamos na varanda e fazia um sol maravilhoso. Talia mandou mensagem e eu fui acender a churrasqueira. Logo todos chegaram.

A Isabelle, coitada, parecia que tinha sido atropelada por um caminhão, só a ressaca.

Nos cumprimentamos todos e, ficou aquele clima estranho entre eu e o Wesley. Também, não era pra menos.

As crianças quiseram entrar na piscina, Edna e Talia entraram com eles, mas a Marina só entrava quando eu ia, então tive que ir.

Junior veio pro meu lado e eu fiquei com os dois no colo, um de cada lado do corpo. Brincamos muito, eles eram só gargalhadas. E eu queria morar naquele momento.

O dia passou normal, Wesley e eu trocamos alguns olhares, mas nada demais. Evitei o máximo que pude o contato, até porque sei que fosse ao contrário, eu não ia gostar.

Marina brindou tanto que dormiu cedinho, eu ainda fiquei acordada, com a cabeça a mil, até cair no sono.

(...)

No meio da semana, acabei decidindo que vou passar uns dias em Portugal com a Marina mesmo.

Deixei tudo certo na loja e em casa, passei na escola dela também pra conversar com a diretora. Arrumei nosso documentos, as malas e viajaremos amanhã.

Confesso que tenho pensado muito no Wesley, o que não é justo, eu sei. Mas coração é terra que ninguém manda, nós não podemos controlar nada do que sentimos. Infelizmente, ou não.

Marina está toda animada que vai ver o pai, já eu, estou com um certo receio. Não sei como vai ser isso pra mim, e nem pra ele. Penso muito se ele está com alguém, se conheceu alguém interessante no trabalho ou algo do tipo, mas não adianta eu querer prever o futuro, tenho que ir e pagar pra ver.

VAMOS FUGIR!Onde histórias criam vida. Descubra agora