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Wesley não ficou nada satisfeito com as mensagens do Felipe, ele estava ao meu lado e leu, né? Uma merda.

Nos levantamos e fomos ajudar a vó Célia com as coisas. Como a gente iria embora no domingo, ela optou por fazer a festa no sábado.

(...)

A festa estava rolando, tocando um forró brabo e eu dançando muito, até que mandava bem. Peguei uma cerveja e voltei pra mesa com o pessoal.

Wesley estava o dia todo trocando poucas palavras comigo, e eu imagino que seja por mais cedo. Mas, eu posso controlar isso? Posso resolver? Não.

Talia: Comadre, a gente vai no baile mesmo?

Eliza: Vão sim, não sei quando vocês voltam. - ela se envolveu na conversa.

Malu: Eu to me sentindo obrigada, né? - rimos todas.

Logo cantamos o parabéns, e o pessoal começou a ir embora. Eram umas 22h e a gente começou a arrumar lá. Entrei, dei um banho no Junior e deixei ele pronto pra dormir, sem o videogame. Peguei uma muda de roupa, fui tomar banho e me arrumei. Passei uma maquiagem leve e fui pra sala.

Malu: Cadê o Wesley? - dei uma olhada pra sala e em volta.

Eliza: Foi com o meu marido na frente, mona.

Talia: Estou pronta, vamos? - ela veio com o Wagner. Saímos todos, entramos no carro da Eliza e fomos pro baile.

Eu tinha esquecido como aquilo ficava cheio, saltei do carro e já vi vários olhares me fuzilando. É sempre assim quando venho aqui, elas ainda não se acostumaram. Fomos passando no meio de todo mundo e subimos pro reservado.

Dei uma olhada em volta, e nada do Wesley. Ele quer problema? Então, toma. Pedimos uns baldes de cerveja, um combo de whisky, as meninas no lança delas e eu bebendo.

Sempre digo que não posso beber com raiva ou bolada com algo, e é verdade. O funk comendo solto e eu lá, dando a vida. Tomei quase um balde de cerveja sozinha. Volta e meia eu passava o olho pelo lugar e nada do Wesley.

Sabe aquele momento que você vê alguém, passa batido e depois olha de novo, quando se toca que é alguém? Foi o que aconteceu quando vi a Isabelle. Ela não parava de me olhar, ria e falava com as amigas do lado.

Malu: Amiga, acho que vai dar merda. - encostei na Eliza.

Eliza: Aonde? - ela olhava ao redor.

Malu: Aquela Isabelle, não sei. - tomei um gole do meu copo.

Eliza: Eu acabo com ela, terror nenhum! Curte teu baile.

Fiz como ela mandou, curti meu baile. Já estava mais pra lá do que pra cá, mas não parava de dançar, ia até o chão, jogava a bunda, até quadradinho eu fiz. Talia e Eliza estavam loucas comigo, anos de amizade e nunca me viram daquele jeito.

Na pista, tinha um cara me olhando muito, não dei brecha óbvio, mas era inevitável. Toda hora eu sentia que tinha alguém me olhando e era ele. Olhei de relance e ele sorriu, continuei séria e fingi que nem era comigo.

Bateu aquela vontade de fazer xixi, dei a mão pra Talia e saí puxando ela pro banheiro, no caso, pro matinho porque a fila estava enorme. Fiz meu xixi e ela também fez o dela, sacudimos, nos olhamos no reflexo do carro e estávamos saindo.

X: Nem precisa olhar, pô. Gata dessa. - olhei pra Talia e ela me olhou. Continuamos andando.

X: Coé colega, pra que essa marra toda? Só quero trocar uma ideia. - a voz vinha atrás de nós.

VAMOS FUGIR!Onde histórias criam vida. Descubra agora