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MARIA LUIZA
EM PORTUGAL ✈️

A viagem até foi tranquila, Marina dormiu o tempo todo, só que no colo, risos. Ao chegarmos no aeroporto, fomos recepcionadas pelos meu sogros, pois o Felipe estava trabalhando.

Fomos almoçar no restaurante de uns amigos do meu sogro, e eles ficaram encantados com a simpatia da Marina. A minha filha é uma peça rara, né? Meu Deus! Babo muito.

Depois do almoço, passamos em alguns lugares a passeio e depois fomos pra casa, eu já não aguentava mais andar.

Chegamos em casa, dei um banho na Nina, tomei o meu e ficamos na sala conversando com meus sogros e minha cunhada. Até que o Felipe chegou.

Felipe: Ê, nem acredito que a minha princesa veio ver o papai. - ele disse deixando o paletó em cima do sofá e indo de encontro a Marina.

Marina: Papai!! - ela gritou e correu pros braços dele. Ficaram abraçados por um tempo, ele pegou-a no colo e voltou pro meu lado, me dando um selinho.

(...)

Deitamos na cama e ficamos vendo televisão, enquanto a Marina mamava pra dormir.

Felipe: Não consegui pegar esses dias livres, mas posso pegar meio período.

Malu: Ah, sem problemas. A gente consegue aproveitar esse meio período, se você quiser.

Felipe: Com certeza! Quero te levar pra conhecer o pessoal lá do escritório, acho que você vai gostar deles.

Malu: Ta bom, Fe. Só marcar!

Felipe: Você ainda não decidiu se quer vir de vez?

Malu: Não, não sei.

Felipe: É uma pena, ia ser tão bom pra Marina. - ele acariciou os cabelos dela.

Malu: Não sei não. Acho que ela já tá acostumada lá, tem os amigos dela, as coisinhas dela.

Felipe: Mas a família dela tá aqui, né Maria?

Malu: Eu também sou a família dela, Felipe. - fechei a cara.

Felipe: Você me entendeu. Lá ela não tem os avós por perto, o pai..

Malu: Felipe, a Edna é avó dela, hein. Ela tem a mim, tem os padrinhos. - respirei fundo pra não me exaltar - Onde você quer chegar com isso?

Felipe: Tudo você acha que eu quero brigar, po. Quero chegar a lugar nenhum, só estou falando a verdade. A Edna é avó dela, mas não é de verdade.

Malu: É de verdade sim. - me sentei na cama. - Você não me chamou aqui pra me estressar não, né?

Felipe: Claro que não, Malu. - segurou meu rosto e me deu um beijo. Que merda! Naquele momento eu soube: não sinto mais a mesma coisa por ele.

Peguei a Marina e a botei no chiqueirinho, cobri e fui trocar a minha roupa pra dormir, enquanto o Felipe tomava banho. Ajeitei-me na cama, e me cobri.

Felipe: Achei que você fosse tomar banho comigo. - ele se deitou na cama e me abraçou.

Malu: Você não chamou.

Felipe: E precisa?

Malu: É bom. - fechei os olhos e implorei pro sono de um dos dois aparecer.

Felipe: Você tá muito estranha. - ele disse depois de um longo tempo quieto.

Malu: Impressão sua.

Felipe: Claro que está. Olha o tempo que estamos longe. Eu te conheço, Maria Luiza. Cadê aquele seu fogo? Nem a mão no meu piru você passou. - ele me soltou e se sentou na cama. - Tá dando pra outro?

Malu: Felipe, eu estou cansada da viagem, cara. To "dando" pra outro? - estalei a boca. - Acho que você esqueceu com quem está falando. - me afastei um pouco e deitei na beirada da cama.

Felipe: Tá bom. - ele se deitou e me puxou pra perto dele. Não mudei de posição, permaneci da mesma forma. E graças a Deus, apaguei.

VAMOS FUGIR!Onde histórias criam vida. Descubra agora