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(...)

Tomei um banho e me arrumei, o Renato não me respondeu o dia inteiro, eu acho que ele tá é fugindo de ir. Eu sei que ele não gosta de lá, é todo chatinho. Liguei.

-LIGAÇÃO-
Renato: Fala, meu dengo.
Malu: Você não vai não, amor?
Renato: Pô, amor...
Malu: É, Renato, eu já sabia. Mas eu vou, ok?
Renato: Tá bom, amor. É sua melhor amiga. Vai mesmo, divirta-se e juízo. Amanhã te pego em casa 13h, mais ou menos, pra gente ir no Thiago. Eu te amo!
Malu: Ok, lindo, vou estar te esperando. Juízo e se cuida.
-FIM DA LIGAÇÃO-

Eu não consigo dizer que amo o Renato, não consigo dizer as coisas sem sentir. Minha mãe me ensinou que é muito difícil ser magoado ou iludido por alguém, e se não quisermos que façam as coisas com a gente, que não façamos com os outros.

Fui me despedir do pessoal, e eles estavam lindos sentados na sala, vendo TV. Meu pai com o Marcelo no colo, era a coisa mais linda que eu já tinha visto. Dei um beijo em cada um e meu pai até ofereceu o carro. Neguei, porque vou beber direitinho, né? Melhor prevenir.

Fiz como de costume, fui de uber até o meio do caminho, de lá, peguei um moto-táxi e subi. Eu andava tão tranquila por lá, que nem parecia aquele bicho do mato que tinha medo de sair sozinha pelo RJ.

Cheguei perto da casa da Dona Célia e já comecei a escutar o pagode, a rua cheia de carros, parecia estar cheio. Entrei e ela logo veio me receber.

D Célia: Que saudade de você, minha filha.
Malu: Oi meu amor, também senti saudades da senhora. – dei um beijo nela e Talia logo veio me receber.
Talia: Ê piranha, sabia que você não ia me deixar na mão. – me abraçou forte, eu retribui e entreguei o presente dela.
Malu: Claro que não, né? Onde já se viu?

Fomos andando até a mesa onde estava a Eliza e o Queiroz, cumprimentei os dois e sentei lá com eles. Comecei a beber com eles, conversamos muito. Os caras que estavam fazendo o pagode eram fodas, eu gosto muito. Talia me chamou pra sambar com ela, e como eu já estava animadinha, nem pensei duas vezes. Entramos no meio da roda e demos o nosso show, essas passistas que nos aguardem.

Por um momento, eu até esqueci de quem poderia aparecer ali. Estavamos sambando e rindo a beça, foi quando eu olhei pro portão e vi chegando o WL, o DG, o Curió e mais três meninas. Não parei, não desfiz a pose. Sambamos mais um pouco e voltei pra mesa. Tinha uma menina loira, novinha, sentada na cadeira em que eu estava.

Eliza: Bonita, acho melhor você se levantar, essa cadeira é da primeira dama, não é do lanchinho não.

Eliza não rasgava pra nada, ela defendia a mim e a Talia como se fôssemos amigas de infância. E eu adorava, porque naquele morro, ninguém metia a cara com ela, ninguém mesmo. Acho que nem o Queiroz.

A menina nem pensou duas vezes e levantou, eu fiquei sem graça por ela e sentei no meu lugar. DG veio falar comigo, me cumprimentou e de quebra, ainda me chamou de cunhada, ele só me chamava assim. O doido lá nem chegou perto, ficou me filmando de longe, e eu deixei um sorrisinho escapar.

VAMOS FUGIR!Onde histórias criam vida. Descubra agora