MARIA LUIZA
Eu não consigo expressar o quão feliz eu sou pela família que construí, e por tudo que vem acontecendo.
Assim que o Wesley voltou, foi aquela festa, né? Fizemos um churrasco pra família toda em comemoração, já que ele não esteve com a gente nos últimos meses. Foram longos e torturantes meses, mas graças a Deus acabou.
Hoje, acordamos cedo e tomamos café juntos, em família. Já valorizávamos esses momentos antes, agora então, nem preciso falar.
Decidimos fazer o exame hoje, saber o sexo do bebê, porque eu disse que só ia descobrir quando ele saísse e cá estamos nós.
Malu: Tá nervoso, preto? - disse dando um selinho nele, enquanto estávamos na sala de espera.
Wesley: Um pouco. - ele riu e retribuiu o beijo. - Nunca acompanhei uma gravidez de perto, mô.
Malu: Relaxa. Você vai ouvir o coração do seu neném. - ele ria todo bobo. - O que você acha que é?
Wesley: Do nosso. - deu ênfase - Lindo ou linda que nem você. - me deu outro beijo.
Malu: Ah, que amor. - ri e fiquei segurando na mão dele. Não demorou muito e a Dra nos chamou.
Wesley ficou o tempo todo atento ao que ela dizia, enquanto me preparava pra ultra. Assim que ele ouviu os batimentos, segurou na minha mão e deixou uma lágrima cair.
Doutora: Papai de primeira viagem?
Wesley: Não exatamente.
Doutora: Papais, teremos uma menininha pra alegrar mais a vida de vocês.
Wesley: Eu não acredito! Sério? Nossa senhora. Obrigada, Deus. - deu vários beijos em minha mão.
Doutora: E está tudo bem, tudo perfeito. Sua dieta deu certo, né Malu?
Malu: Deu, e o sofrimento acabou. - olhei pra ele.
A consulta terminou, e ele não parava de fazer planos, passamos em uma loja infantil e eu o deixei solto, pra escolher as coisas. A vendedora ficou até assustada com todo o entusiasmo dele.
(...)
A nossa semana foi daquelas, sabe? Corrida demais. Wesley cismou que quer fazer chá de bebê, eu não queria, mas como essa é uma gravidez tão esperada por ele e ele estava de dedicando tanto, eu não poderia negar, né? Dá gosto de ver o quanto ele está feliz.
Hoje é o chá, optamos por fazer uma coisa pequena, só pra família e pros íntimos. Alice poderia nascer a qualquer momento, mas mesmo assim, estamos aqui.
Infelizmente, só consigo ficar pouquíssimo tempo em pé, meus pés estão super inchados, mas não tem problema. Tudo pela felicidade da minha família.
Marina não desgruda de mim, tá num amor só, doida pra Alice nascer e ela ficar grudada. Junior já disse que ninguém vai poder encostar, que ele é o protetor.
Wesley: Amor, tá tudo bem? - disse ao chegar perto da mesa.
Malu: Ta sim, amor. Dá um beijinho aqui. - fiz bico e ele me beijou.
Eu estava me sentindo mal, sem posição, mas com esse barrigão, é normal. Alice passou a noite toda mexendo, procurando posição. Vai me dar trabalho igual a esse menino, tal do pai dela, risos.
Correu tudo bem, até umas 20h. Chamei o Wesley, pedi desculpas e fomos pro hospital, minha bolsa estourou no caminho. E ele ficou desesperado, sorte que o hospital não era assim tão longe.
Dei entrada no hospital, fiz todos os procedimentos e ele fez questão de entrar na sala e assistir ao parto. Não sabia se chorava, ou me ajudava com a força e a respiração. Depois de algumas horas, nasceu nossa Alice, perfeita, com 3,867kg, uma baita.
Agora sim, nossa família está completa.
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VAMOS FUGIR!
Non-Fiction{2016} FINALIZADA! O que é seu, sempre vai ser seu, não importa quantas voltas o mude dê. Se é teu por direito, volta pro lugar. Depois de perder sua mãe, Maria Luiza precisa morar com o seu pai em um lugar novo, no meio disso tudo, conhece o amor d...