Hoje tem aniversário do Murilo, tô certo que vou encontrar com a Maria lá. Não dei o papo pra Isa pra não ficar um clima chato, e espero que o pessoal lá de casa também não viaje.
WL: Bora, pô. Tá indo casar? - eu falei apressando-a.
Isabelle: Bem que eu queria. - ela disse vindo pra perto. - Vamo?
WL: Incasável, bebê. - eu disse rindo. Só caso com a doidona lá, que vai ser difícil.
Ela passou na minha frente, peguei a chave do carro e fomos. A mina é gata, faz trabalho lindo, maneira pra caralho, tem como vacilar não, po.
O salão não era tão longe do morro, então fui tranquilo, levei só uma proteção, nada demais. Um homem prevenido vale por dois.
Cheguei lá e o salão tava maneiro, o moleque merece. Talia e eu não estamos muito bem, andei falando umas paradas pra ela aí, que acho que ela não curtiu.
Mas po, sei que geral é contra eu estar no movimento, porque eles têm medo que eu morra, e vários paradas, mas na hora de usar o dinheiro, eles esquecem de onde vem. Não que eu faça questão, mas é a realidade.
Andei até o meio do salão e vi um doido diferente lá na mesa da família, dei uma palmeada no bagulho e vi o Junior com a Maria. Pprt, não sei qual é a desse moleque com ela, gosta muito. Quando ela fala com ele no telefone da Talia, ou depois que vai embora ele só fala dela. Assim é foda de esquecer o problema.
Fui até um pouco mais perto deles e eles me viram, ela terminou de amarrar o sapato dele e ele veio correndo me abraçar.
Junior: Pai, tia Malu foi no pula-pula comigo. - ele me deu um abraço forte - Oi tia Isa.
WL: Foi legal, filho? - eu disse sem tirar os olhos da Malu.
Junior: Claro né pai. Tia Malu é a mais legal. - ele terminou de falar e ela ia passando por nós. Eu tenho certeza que ela ia passar batido, mas o Junior, o Junior, cara... Ô moleque. - Tia, não vai falar com meu pai não?
Malu: Oi Wesley, tudo bem? - me deu dois beijinhos e eu fiquei estagnado, essa mulher é demais. - Oi, sou a Malu. - deu dois beijinhos na Isabelle também.
Isabelle: Oi, prazer, sou a Isabelle. - ela disse e a Malu saiu.
Acompanhei ela com o olhar e vi que ela sentou perto do cara diferente da mesa. Pronto! Marido dela. Já fechei logo a cara.
Deixei o Junior no chão, pra brincar com as outras crianças e fui pra mesa. Meu tio já logo arranjou mais duas cadeiras e nos sentados de frente pra ela. Não deu muito tempo e a filha dela chorou. Menor, foi muito automático, eu fiz que ia levantar e olhei pra ela, como se a filha fosse minha, que doideira.
A Isabelle ficou apaixonada pela menina, ainda falou que era a cara dela e eu tiver que concordar. Linda demais! Fiquei amarradão quando ela riu pra gente, mas nem pude demonstrar. Isabelle queria até pegar a menina no colo, toda errada.
O marido dela ficou me olhando torto, mas ele não ia querer entrar numa comigo né? Tava amarradão conversando com o DG, entendi foi nada.
Fiquei a noite toda olhando pra ela, vendo o quanto ela era boa mãe e quanto o pessoal lá de casa gostava dela. Mas ela não me deu uma brecha, se ela me olhou uma vez foi muito e nem foi de propósito.
Na hora de tirar foto, botei a mão na cintura dela de propósito. Pra sentir ela perto, nem que fosse só naquela hora.
Percebi que o cara tava bolado, porque assim que o parabéns terminou, eles meterem o pé. Conheço a Malu e sei que por ela, ficava com o pessoal lá de casa até o outro dia.
Passei o resto do dia, da semana, do mês pensando nela. E papo reto, acho que vou ficar nessa pro resto da minha vida, até ela voltar pra mim.

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VAMOS FUGIR!
Non-Fiction{2016} FINALIZADA! O que é seu, sempre vai ser seu, não importa quantas voltas o mude dê. Se é teu por direito, volta pro lugar. Depois de perder sua mãe, Maria Luiza precisa morar com o seu pai em um lugar novo, no meio disso tudo, conhece o amor d...