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Senti alguém me cutucar e era o Marcelo, trazendo um copo de Nescau pra mim.

Marcelo: Irmã, toma comigo. - eu ri e ele se sentou no chão próximo do sofá. Victor veio logo depois e sentou perto também.

Edna veio com uma bandeja cheia de coisa para comermos, me ajeitei no sofá ainda com a Marina no colo e belisquei algumas coisinhas.

Felipe chegou, e como era advogado, ficava sabendo de alguma coisas além do que sabíamos.

Felipe: Não sabia que seu padrinho era tão foda na polícia. - sentou-se ao meu lado e pegou a Marina que estava acordando.

Malu: Que?

Felipe: Renato já tem mais duas acusações pela lei Maria da Penha e mais uma lá, registrada pelo seu padrinho. Quando falei dele com o delegado aqui, ele só me disse: "vai morrer lá dentro, o Cel. Gusmão não vai deixar barato, já tava atrás dele".

Nunca desejei a morte de alguém, nem o mal. Mas sempre soube sobre a lei do retorno. E quando ela vem, não tem jeito!

(...)

O Cel Gusmão, conhecido como meu padrinho, me ligou mais tarde, não falei muito com ele, até porque eu estava cansada, com uma marca horrenda no pescoço, e sem acreditar em tudo. Ele me pediu desculpas e disse que a vida do Renato já estava resolvida, que nem em outra vida ele iria me perturbar mais. Eu falei pro meu dindo que não precisava dessas coisas, mas... Cada um sabe de si.

Estava quase dormindo, com a Marina no berço ao lado e o Felipe chegou, deitando de conchinha comigo.

Felipe: Tá acordada, preta? - ele disse enquanto beijava meu pescoço.

Malu: Aham. - eu o respondi passando a mão em seu braço que me abraçava.

Felipe: Eu te amo, tá? Desculpa por tudo. Queria te proteger de tudo e todos. - me deu mais alguns beijos.

Malu: Tá tudo bem. Também amo você!

Felipe: Não tá, não fiz nada com ele, po. Não pude proteger vocês duas.

Malu: Não da pra estarmos em todos os lugares ao mesmo tempo, Fe. E também não sabemos quando vai acontecer algo com alguém, vamos esquecer isso.

Felipe: Vamos sim. - ele pôs a mão pro dentro da minha calcinha e começou a massagear minha buceta. - Tô cheio de saudade do amor da gente.

E eu também estava, não era pouca não. Esses dias brigado, nos evitando tinham sido pesados. Transamos ali, de ladinho, bem devagar, ouvindo só nossas respirações ofegantes e eu me condenando por transar perto da minha filha, mas não conseguia parar. Que Deus me perdoe por isso.

VAMOS FUGIR!Onde histórias criam vida. Descubra agora