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ALGUNS DIAS DEPOIS

Minhas férias estão muito corridas, e eu agradeço por isso. Tenho saído direto com a Talia e a Joana. Nesse tempo, fiquei algumas vezes com o WL, mas nada demais, sabe? Ele jura que não é como os outros, que só tem a mim, que só quer ficar comigo. Por mais que eu não queria acreditar, eu acabo me deixando levar, sabe? A nossa química é foda, em tudo.

Não chega aos pés do que eu tive com o Renato, sabe? Fiquei com ele algumas vezes, mas é meio sem graça, meio sei lá.

(...)

Wesley passou o dia inteiro me enchendo o saco pra subir pro baile. É aniversário dele amanhã, mas as comemorações começam hoje e ele faz questão da minha presença. Talia também mandou mensagem o dia todo, então... Lá vou eu.

Meu pai não estava em casa quando eu sai, mandei uma mensagem e disse pra minha madrasta que ia ficar na Talia esse final de semana. Ela me deu um beijo, disse pra ter juízo, perguntou se eu tinha dinheiro, e me abençoou.

Cheguei aqui na Talia e ela já estava eufórica, disse que hoje ia ser o melhor de todos, e que nós dormiríamos por lá mesmo, na casa da avó dela. Joana chegou um pouco depois de mim. Pedimos um uber e subimos.

A avó da Talia era um doce, já estava com um monte de coisa pra gente comer. E eu que tenho um buraco negro na barriga, me fiz. Depois desse lanche maravilhoso, fomos pra varanda e ficamos conversando, arranjei uma rede por lá e fiquei. A família dela era maravilhosa e me fazia lembrar muito de quando eu morava com meus avós e minha mãe. Coração chega a dói.

Parou um moto no portão e dona Célia foi logo ver, ela adora um movimento. Era o Wesley com o Douglas.

WL: Bença, vó. Talia trouxe minha namorada pra senhora conhecer?
Dona Célia: Deus abençoe. Não sei quem é sua namorada, meu filho.
WL: É aquela ali, ó. – ele falou apontando pra mim.

Veio andando em minha direção e me deu um beijo na testa.

WL: Fala, feia.
Malu: Isso tudo é saudade?
WL: Claro, po. Tu caga. Vamo dar um role?

Olhei pra cara da Talia e ela riu.

Malu: Vamos. – levantei da rede, ele segurou na minha mão e deu um grito falando que já voltava.

Subi na moto morrendo de medo, odeio moto. Demos um passeio pelo morro, e ele me levou pra uma casa, meio estranha, fiquei meio receosa, mas entrei. A casa era muito linda por dentro, tudo arrumadinho, organizado. Fiquei chocada.

WL: Bem-vinda ao nosso ninho de amor, po. – ele deu risada, e fechou a porta assim que passei por ela, deixou as paradas dele em cima da mesinha. Eu ri, e começamos a nos beijar ali na sala mesmo.

O nosso beijo se encaixava de uma forma surreal, o clima esquentou e transamos ali mesmo na sala, deitados no tapete.
Sequência de pirocada sem dó, eu de quatro, toda empinada, ele puxando o meu cabelo e socando sem pena, eu gemia com prazer.

Malu: Isso, amor, soca com vontade. Acaba comigo! – ao me ouvir, ele socava com mais força. Não demorou muito e gozamos juntos.

Deitamos ali no tapete mesmo e ficamos conversando, coisa linda de se ver. Ele contou uma parte da história da vida dele pra mim, coisa que ele nunca tinha feito. O Wesley, assim como eu, cresceu sem pai, não tinha nem no registro o nome dele. A única pessoa que sabia quem era o pai dele, era a dona Célia. Porque Jaqueline, sua mãe, também sumiu no mundo.

Ficamos mais um tempinho agarrados, e subimos pra um banho. Mais uma sequência de pirocada. Ele fode muito, e parece que não cansa. Tenho pena da minha bichinha, mas não me arrependo. Demos uma rapidinha no chuveiro, porque ele precisava agitar umas coisas antes do baile começar e eu precisava me arrumar, né?

(...)

Tomei outro banho, me arrumei com as meninas, e fomos pro baile. Chegando lá, a gente parecia até a atração do evento. Fiquei nervosa, morro de medo de apanhar, não tenho habilidade nenhuma.
Encontramos com o Queiroz, que era quem comandava tudo lá e a mulher dele, a Eliza, que conhecemos no dia do churrasco. Ela era muito doida, já fomos logo indo pro reservado, e começamos a beber.

Talia: Eu sou viciada em sexo, então pode fazer assim...
Joana: Mete e soca, mete e soca, mete e soca, pode fazer assim.
Eliza: Bora, Malu, canta caralho! – ela disse rindo.
Malu: Gente, vocês sabem que eu não sei nada disso, né? – eu ri.

Elas me zoavam porque eu não sabia cantar proibidão nenhum e elas sabiam todos. Eu ainda não tinha visto o Wesley, mas fiquei tranquila, começaram uns funks com nome dos caras. Eliza saiu que nem um bicho em direção a uma mulher que tava lá. Puxou pelo cabelo, socão na cara, rasgou roupa, quebrou até a unha dela. Eu fiquei meio perdida, não sabia se ia junto pra tirar ou se ficava só olhando. Como eu vi que ninguém entrou, fiquei de boa, mas fui pra perto. E no meio disso tudo, ouvi duas meninas falarem.

Xx: Jamilly vai adorar saber que ela tá aqui. – fiquei sem entender se era comigo, com a Talia ou com a Joana.

VAMOS FUGIR!Onde histórias criam vida. Descubra agora