MARIA LUIZA
Hoje, graças a Deus é terça-feira, minha neném vem pra casa e eu já não aguento mais de saudade.
Estou aqui na loja olhando o telefone toda hora, pedi o Felipe pra trazê-la direto pra cá, porque quero o máximo de distância dele. Não dá, muito surtado pro meu gosto.
Wesley dormiu esses dias no apartamento dele, mas o Junior quis ficar comigo. Escolhas, né meu bem? Risos. Ainda não estou bem com ele, e acho que vai demorar um pouquinho pra ficar. Eu e esse meu jeitinho, sempre igual.
Era quase 12h e eu escutei a voz que eu mais amo no mundo dar boa tarde pras pessoas na loja. Levantei rápido e fui de encontro a ela.
Malu: Meu Deus, que saudade!! - eu me agachei e ela veio correndo me abraçar. Levantei com ela no colo.
Felipe: E saudade de mim? - revirei os olhos e peguei a mala dela.
Malu: Você perde a oportunidade. - respirei fundo.
Felipe: Você e essa sua teimosia não vão longe.
Malu: Ta bom, Felipe. Quero ir em lugar nenhum.
Felipe: Tchau, filha. Dá um beijo aqui no pai. - Marina se virou, inclinou o corpo e deu um beijo demorado nele.
Marina: Vai com Deus, pai.
Malu: Vai com Deus, Felipe.
Felipe: Tchau, meus amores.
(...)
Depois que o Felipe saiu, fiz mais algumas coisas na loja e saí, passei no mercado com a Marina, busquei o Junior na natação e fomos pra casa.
Passamos a tarde inteirinha juntos, vimos filme, comemos, dormimos, tudo que tem direito. Estar com eles ali era impagável.
Mais tarde, o Wesley chegou. Marina ficou grudada nele, dizendo que ficou com saudades e que o amava. Pensa no grude desses dois, não tem igual.
(...)
ALGUM TEMPO DEPOIS
A vida deu uma acalmada, sabe? Felipe continua me enchendo o saco, propondo uma volta, tentando de qualquer forma me convencer de que ainda existe algum sentimento entre nós. Mas, não tem...
Wesley e eu agora moramos juntos, a nossa vida tem melhorado a cada dia que passa, graças a Deus. Temos nossas brigas, como qualquer outro casal, mas tudo se resolve fácil.
Vó Célia está um pouco doente. E o Wesley vai descer pra ficar um tempinho com ela lá, ela ligou pedindo. Eu não vou porque as crianças estão estudando e eu preciso resolver algumas coisas na loja.
Wesley: Amor.
Malu: Oi preto. - eu disse enquanto terminava de me arrumar.
Wesley: Daqui a pouco eu estou descendo, tá bem? - ele disse sentado na cama, enquanto olhava eu me vestir.
Malu: Ta bem, amor. - fui até ele, ficando em pé na sua frente, enquanto ele me abraçava minhas pernas. - Manda um beijo pra ela, e não fica desfilando por lá não, hein. Você sabe!
Wesley: Pode deixar, po. - dei um beijo na cabeça dele.
Saí de casa e fui pra loja. Meu coração sempre fica apertado quando ele sai sozinho. Já rezei pra todos os Santos possíveis pra protegerem ele nesse caminho.
(...)
Cheguei em casa, dei banho e janta pras crianças e deitamos todos na minha cama, eles acabaram dormindo vendo desenho e eu to aqui, esperando uma mensagem do Wesley. Já liguei e mandei mensagem, mas só da desligado.
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VAMOS FUGIR!
Non-Fiction{2016} FINALIZADA! O que é seu, sempre vai ser seu, não importa quantas voltas o mude dê. Se é teu por direito, volta pro lugar. Depois de perder sua mãe, Maria Luiza precisa morar com o seu pai em um lugar novo, no meio disso tudo, conhece o amor d...