MARIA LUIZA
Acordei de péssimo humor hoje, determinada a fazer coisas absurdas, risos. Levantei e fui fazer minhas higienes, o Felipe estava no banho, mas como a porta fica aberta, tranquilo.
Felipe: É invasão? - ele falou rindo.
Malu: Vou é invadir esse box aí. - eu ri. - Bom dia, amor!
Felipe: Eu não nego não, hein.
Malu: Você para hein, garoto. - rimos e eu saí do banheiro. - Te espero lá embaixo, tô cheia de fome.
Desci, arrumei a mesa pra nós, ajudei a Fátima com as coisas e logo a minha sogra chegou.
Margarida: Bom dia, meninas.
Malu/Fátima: Bom dia. - respondendo em coro. Fátima é a moça que ajuda aqui em casa, ela é filha de uns amigos da família da minha mãe, e aqui não temos restrições com isso, sabe? Ela almoça e toma café com a gente sempre, sentada s mesa.
Margarida: Está menos estressada, filha? - disse minha sogra se servindo do café.
Malu: Eu? Duvido. - sorri amarelo, tomei meus remédios e meu suco.
Felipe: Bom dia! - ele disse, sentando-se a mesa. - Qual é o assunto das senhoras?
Margarida: Queria saber se ela estava mais calma.
Felipe: E está? - ele tomava seu café.
Malu: Uhum. Claro.
Felipe: Não sei quem você quer enganar. - ele balançou a cabeça negativamente e eu ri.
(...)
Depois do café, dei uma andada pelo condomínio, só pra não ficar sem fazer nada. Subi pro meu quarto e dormi um pouquinho. Acordei com a Fátima me chamando pra almoçar, não posso perder meus horários, de forma alguma.
Almocei no meu quarto mesmo, não tava afim de sentar à mesa, minha coluna dói lá. Aliás, dói em qualquer lugar, mas lá ta demais.
Minha sogra chegou da rua subiu pra ver, queria saber como eu estava, se tinha me acalmado, essas coisas.
Malu: Sogrinha, eu não vou fazer linha com ninguém não. Não quero saber se é parente, se não é. Não quero! Que me chamem de indelicada, qualquer coisa do tipo.
Margarida: Minha filha, não acho que você esteja errada. Só acho que seu padrinho vai ficar chateado. Até porque ele já não vai entrar com você na cerimônia, essas coisas...
Malu: Sinto muito se ele ficar, não sou obrigada. E além do mais, ele nunca pensou se eu iria ficar magoada com alguma atitude dele, então, já estou decidida.
Ficamos mais algum tempo conversando, até que eu cochilei. Nossa, esse sono que eu tenho na gravidez é demais, faço até essas feiúras de deixar as pessoas falando sozinhas.
Acordei um pouco perdida no tempo, não sei a hora, o dia, sei nada, risos. Peguei o celular e mandei uma mensagem pro meu padrinho:
-dindo Paulo-
Oi Dindo, tudo bem? Espero que sim. Então, eu soube da novidade. A Paula está noiva do Renato, né? Fico feliz por ela, espero que ele seja um ótimo rapaz pra ela, rs. Mas, infelizmente, não o quero aqui, logo, se ela o trouxer, serei obrigada a convida-lo a se retirar do recinto. Espero que não seja um problema pro senhor e se for, podemos resolvê-lo da melhor forma. Tchau.
-fim da conversa-Deixei o celular perto de mim e procurei alguma coisa boa pra assistir na Netflix. Acabei vendo uns desenhos mesmo, enquanto conversava com a Marina e fazia carinho em minha barriga. Eis que o meu telefone toca.
-ligação 📲-
Paula: Maria?
Malu: Eu mesma.
Paula: Que história é essa que você disse ao meu pai que o Renato não pode ir ao seu casamento?
Malu: Não é história, linda. Não quero mesmo, não sou obrigada a ter uma pessoa que fez contra mim e contra o meu casamento, comendo e bebendo as minhas custas, dividindo da minha felicidade.
Paula: Você tá é recalcada. Lixo! Você queria que ele estivesse contigo. Eu não posso fazer nada se ele não me trai e traía você.
Malu: Ai Paula, cresce!! Tem certeza que ele não trai? Risos. Eu to é cagando pra vocês, cara. Entra um no cu do outro e explode. Não quero ele aqui. E se vier, vai ser pior pra ele e talvez pra você, risos. Já pensou a vergonha de ser convidada a se retirar de um casamento? Que feio!
Paula: Vai fazer o quê? Chamar seus amigos do morro pra fazer sua escolta? Se manca, Maria Fuzil.
Malu: Risos, não vou dar corda pra maluco, Paula. Obrigada por me tirar essas gargalhadas. Tchau.
-fim da ligação 📲-
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VAMOS FUGIR!
Non-Fiction{2016} FINALIZADA! O que é seu, sempre vai ser seu, não importa quantas voltas o mude dê. Se é teu por direito, volta pro lugar. Depois de perder sua mãe, Maria Luiza precisa morar com o seu pai em um lugar novo, no meio disso tudo, conhece o amor d...