WESLEY
Cheguei ontem na casa da Talia, e de cara já gostei daqui. Lugar maneiro, bom pra descansar, sem toda aquela guerra que a gente vive lá no morro, tá ligado? To até com vontade de já ficar por aqui.
Hoje vamos fazer um churrasco aqui, ela disse que chamou a Maria Luiza, fiquei tranquilo. Por mim, sem caô. To suave com a Isa, acho que não muda nada. Paguei pra ver!
(...)
Chegamos do mercado, eu e Wagner fomos comprar mais umas cervejas e a carne.
WL: Aqui é tranquilão né? - eu disse enquanto íamos pra varanda.
Wagner: Demais, po. E esse lugar aqui que a Malu construiu é melhor ainda.
WL: Isso tudo é dela?
Wagner: É, po. Ela é dona de quase todas as casas da rua, e daquele prédio que tá em construção lá embaixo que te mostrei, tá ligado?
WL: Ah, to ligado sim. - chegamos na varanda e dei logo de cara com uma princesinha correndo e abraçando a perna do Wagner.
x: Oi "dido", tava saudade. - ela disse rindo, ele abaixou deixando as coisas no chão e abraçou ela. Quando ela sorriu, lembrei que já tinha visto alguém com aquele jeito na vida. Logo pensei: Maria Luiza.
Wagner: Fala com o tio Wesley, Nina. - ele disse mostrando a menina pra mim.
Nina: Oi "xio". Tá bom? - ela disse rindo. Que criança linda!
WL: Oi linda! - respondi.
Meu sonho é ser pai de um casal, né? Mas sei lá se quero meter um boneco com a Isabelle, po. Melhor deixar isso pra depois.
(...)
As mulheres estavam conversando bem entrosadas, achei aquilo maneiro. Mas também, nem sei qual vai ser da Isabelle se souber que a Maria é minha ex.
Falando nela, cada vez que eu encontro com ela, mais bonita ela tá. Um mulherão mesmo. Só o que eu não entendi foi porque ela tá sozinha.
Talia: Amor, corta uma linguiça pra Marina? - se aproximou da nossa mesa com ela no colo.
Wagner: Corto sim. - ele se levantou de onde estávamos.
Talia: Ô mais feio. - ela disse virando pra mim.
WL: Fala, doida.
Talia: Já conheceu a minha afilhada?
WL: Claro que já. - respondi e fiz cócegas no pé dela, fazendo ela rir pra mim. - Mas cadê o pai dela? - aproveitei.
Talia: Tá morando em Portugal.
WL: Pprt? Como é que larga duas coisas lindas dessas assim, po?
Talia: Tu viaja, né? - ela riu e o Wagner voltou pra mesa com o prato de linguiça pra Marina.
Talia se sentou lá com a gente mesmo, enquanto dava comida pra ela. Eu não conseguia tirar os olhos daquela menina, cara.
Marina: "Dida", quer suco.
Talia: "Dida" vai buscar, fica aqui com o tio Wesley. - ela me deu a Marina no colo, já que o Wagner tinha ido ver a churrasqueira.
Maria Luiza ficou olhando a gente de longe e pude ver quando ela balançou a cabeça negativamente olhando pra Talia e rindo.
Marina: Tio, dá "cane"? - ela disse apontando pro prato. E eu dei.
Talia logo voltou, chamou a Marina pro colo dela, mas ela não quis ir, preferiu ficar comigo.
Wagner: Imagina a merda se o Felipe vê um negócio desses, mermão. - ri sem graça.
Passou um tempinho e a Marina não quis sair do meu colo, achei aquilo incrível, pprt. Ela até se ajeitou no meu braço, e ficou enrolando o dedo na cabelo.
Malu: Filha, deixa o tio conversar. Vem com a mamãe, vem! - Marina fez que não com a cabeça.
WL: Que isso, Malu. Tem problema deixar ela aqui não, tá quietinha.
Malu: Não quero atrapalhar. - ela riu. Pra quê, né? Ficasse séria, risos. - Ela tá quase dormindo.
WL: Deixa eu aproveitar a filha que eu não tive. - brinquei. Wagner me olhou e riu, ai eu percebi que tinha falado merda. Ê cerveja.
Malu: Ah... - ela ficou sem graça, percebi. - Toma a chupeta então, filha. - Marina pegou, botou na boca e continuou "deitada" no meu colo mexendo no cabelo.
Ela acabou dormindo no meu colo mesmo, Talia pegou e botou pra dormir lá dentro.
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VAMOS FUGIR!
Non-Fiction{2016} FINALIZADA! O que é seu, sempre vai ser seu, não importa quantas voltas o mude dê. Se é teu por direito, volta pro lugar. Depois de perder sua mãe, Maria Luiza precisa morar com o seu pai em um lugar novo, no meio disso tudo, conhece o amor d...
