Cheguei no meu apartamento aqui no Rio, e já vou subir pra ajudar a Talia. Passei em Madureira e comprei tudo o que faltava, cada coisa linda, que me deu até vontade de ter um neném, sabia?
Vou deixar o carro aqui, porque do jeito que a família lá é, vai ter churrasco, hoje e amanhã. Sóbria eu já sofri acidente, imaginem bêbada, né?
Arrumei minhas coisas, juntei com as bolsas e pedi um uber. Não demorou muito e eu já tava naquele lugar que apesar dos pesares, eu amava demais. Entrei na dona Célia, sem cerimônias, estava cheia de sacolas e sou muito desastrada. Quando entrei na sala, senti o cheiro daquele feijão maravilhoso que ela faz.
Malu: Dona Célia? – chamei na porta.
D Célia: Oi, minha filha. Tô aqui na cozinha. – ouvi a voz dela de longe – Vai lá receber a tia, Júnior.
Júnior: Oi tia. – ele disse enquanto vinha correndo todo atrapalhado, com a voz meio enrolada.
Malu: Oi meu amorzinho. – deixei as bolsas em cima do sofá e me agachei na frente dele. Pensa num sorriso lindo, ele tinha o cabelo cacheadinho, estava só de fralda, aparentava quase uns 2 anos por aí. Dona Célia logou chegou na sala, e eu a cumprimentei.
D Célia: Quanto tempo eu não te vejo, minha neta. Como você tá bonita. – ela me abraçou forte e ficamos conversando um tempo.
Em momento nenhum eu tirei os olhos daquela criança, estava realmente apaixonada. E ele era calmo, ficava só mexendo nos brinquedos dele, super distraído. Dona Célia voltou pra cozinha e eu me sentei no tapete pra brincar com ele. Eu e meu amor por crianças, não tem jeito.
Talia: Mas será que ela já chegou? - ouvi uma voz conhecida do lado de fora, falando pra cacete.
Malu: Já cheguei mesmo. – disse assim que ela entrou na sala.
Talia: Ah, eu nem acredito. – me levantei e fui cumprimenta-la, ela estava carregando meu pacotinho de amor no colo. Cumprimentei meu compadre, tia Janaína, a mãe da Talia e mais uma tia dela. Talia logo me deu o Murilo pra segurar, ela sabe o quanto eu amo bebês. 5 meses de muita gostosura, eu babo muito.
Talia: E ai, amor da tia. Cadê o feio do seu pai? – ela se abaixou e deu um beijo no Junior, que sorriu e continuou brincando.
Fiz o Murilo dormir e o deixei no carrinho. Dona Célia pôs a mesa pro almoço. Ela adora quando a casa tá assim, se ela pudesse, faria festa todos os dias, só pra casa ficar cheia.
Todos nos arrumamos na mesa, e a tia Janaína trouxe o Junior e o botou na cadeirinha pra almoçar. Ele só brincava com a comida e não queria comer com ninguém. Troquei de lugar com ela e comecei a almoçar ao lado dele, e assim ele comeu.
Talia: Eu vou recolher o comentário. – ela disse rindo.
Janaína: Melhor, porque eu também pensei nisso. – riu também.
Malu: Não gosto de vocês assim, escondendo as coisas de mim. – eu ri, sem entender. – Podem tratando de falar.
Talia: Ele não fica assim nem com a mãe, se souber que fica assim com você a merda está feita.
Malu: E quem é a mãe dessa coisa linda? – dei uma colherada de comida pra ele. E em seguida, comi a minha, do meu prato.
Janaína: Não é possível que você não reconhece esses olhos. São iguaizinhos aos do Wesley.
Eu dei uma engasgada e todos riram. Continuei dando comida pro Junior, mas fiquei preocupada, né? Nem de longe eu quero problemas com eles.
Malu: Ai gente, assunto pesado pra hora do almoço, né? – gargalhamos.
D Célia: Pois é, e você tá cuidando tão bem dele, que não vejo problema.
Talia: Ninguém vê, Vó. Mas a mãe dele é doida.
Junior: Mamãe doida.
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VAMOS FUGIR!
Non-Fiction{2016} FINALIZADA! O que é seu, sempre vai ser seu, não importa quantas voltas o mude dê. Se é teu por direito, volta pro lugar. Depois de perder sua mãe, Maria Luiza precisa morar com o seu pai em um lugar novo, no meio disso tudo, conhece o amor d...