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(...)

Estava na loja resolvendo umas coisas e vi quando o Felipe entrou pela porta com a Catarina.

Felipe: Boa tarde. Trouxe minha namorada pra fazer compras na melhor loja da região.

Malu: Trouxe na certa, hein. - eu sorri e fiz sinal pra uma das meninas. - Fique a vontade, Catarina.

Felipe: Não vai me falar onde você foi ontem? - ele disse encostando no balcão, enquanto a Catarina via as roupas.

Malu: Catarina tava com você, não tava? - continuei fazendo as contas.

Felipe: Tava, mas quero saber de você. Quero saber com quem a mãe da minha filha está se envolvendo.

Malu: Isso não é da sua conta, bonito. Graças a Deus. - olhei pra porta e vi o Wesley entrar. Balancei a cabeça negativamente e pensei comigo: "vai dar merda".

Wesley: Boa tarde. - disse ele passando pelas pessoas. - Teu carro tá limpinho, bebê. Aqui a chave. - passou por trás do balcão, me entregou a chave e me deu um beijo na cabeça. - Já almoçou?

Malu: Obrigada, já vou te dar o dinheiro aqui. - abri o caixa e ele pôs a mão na minha e balançou a cabeça negativamente. - Ainda não almocei, tava esperando um convite.

Wesley: Tá feito. Onde você quiser, vou lá na loja pegar o carro e já venho te buscar. - saiu.

Por um momento, esqueci da presença do Felipe, que ficou o tempo todo ali nos olhando. Deixei o computador e os papéis na bancada, me levantei e peguei a bolsa.

Felipe: Você não tem um pingo de juízo mesmo. - falou puto. - Não quero a Marina convivendo com ele.

Malu: Felipe, menos. - respirei fundo e mantive a pose. - Respeita o meu espaço do mesmo jeito que eu respeito o seu.

Saí da loja e o Wesley já me esperava no estacionamento em frente.

Almoçamos e voltamos cada um pros seus respectivos trabalhos, o resto da tarde foi maravilhoso, a loja dando uma puta movimento, do jeitinho que eu gosto.

Fui pra casa linda, tomei um banho, liguei pra Edna e disse que logo buscaria a Marina, perguntei se ela chorou ou algo do tipo e a Edna disse que não, que ficou do mesmo jeito de sempre.

Pensei em mandar mensagem pro Felipe e perguntar o que tinha acontecido ontem, se ele sabia o motivo dela não querer ficar com ele, mas fui interrompida pelo telefone que começou a tocar.

📞 Wesley.

Wesley: Oi minha preta.

Malu: Fala, bebê.

Wesley: Quer vir dormir comigo não? Traz a Marina, aí a gente fica aqui em casa vendo filme, faz alguma coisa pra comer e depois faz um irmãozinho pra eles. - riu.

Malu: Você é ridículo, cara. - eu ri. - Aceito o convite pra esse sábado, vou buscar a Marina e vou praí.

Wesley: Show, então. Vamos esperar vocês. Agora vou olhar o Junior no banho, porque se eu conheço a cria, já alagou o banheiro.

Malu: Vai lá. Até daqui a pouco.

Fim da ligação. 📞

Peguei umas roupas minhas e da Nina, fiz a bolsa, fui na cozinha peguei umas besteiras na despensa, botei em uma sacola e saí. Passei na Edna, busquei meu pedacinho e parti pra casa do Wesley.

Cheguei, abri a garagem, estacionei e subi. Vantagens do boy morar no seu prédio. Subi com a Marina e as coisas até o andar dele e apertei a campainha. Não demorou muito, ele me atendeu.

Wesley: Invasão? Nem foi anunciada. - ele disse abrindo a porta e pegando a Marina no colo e dando um beijo nela.

Malu: Oi Malu, tudo bem? Quer ajuda pra carregar as coisas? Ah tá. - Entrei e Junior veio me receber, me abraçando nas pernas. Deixei as coisas no chão e abaixei pra abraçá-lo.

Junior: Tia, você vai dormir comigo hoje? - ele disse todo feliz.

Malu: Vou, que nem quando você era um bebezinho gorduchinho, lembra? - dei um beijo nele e levantei.

Junior: Lembro, tia.

Wesley: Lembra nada dessa feia, filho.

Junior: Feio é você, pai. - rimos e fui botar as coisas na cozinha.

Marina e Junior ficaram brincando na sala, enquanto eu e Wesley fazíamos as coisas pra comer na cozinha, depois dele me dar um esporro falando que eu não tinha que levar nada e blábláblá.

Depois de tudo pronto, arrumamos uma super cama no chão da sala, levamos as coisas e comemos enquanto víamos filme.

Junior: Tia Malu... - disse o Junior quebrando o silêncio, enquanto eu fazia carinho nele e na Marina. Estávamos todos amontoados, Marina no meu colo, dele deitado do meu lado, encostado no meu peito e o Wesley deitado nas pernas.

Malu: Oi, meu nego.

Junior: Você pode ser minha mãe? Já pedi pro meu pai e ele deixou. - ele me olhou sorrindo e os olhos dele brilhavam. A minha maior vontade era só chorar. Wesley levantou o corpo e ficou olhando pra mim.

Malu: É claro que eu posso, meu gordinho. - dei um beijo na cabeça dele. - Sou sua mãe e mãe da Marina.

Junior: Agora nós somos irmãos, né? - fiz que sim com a cabeça e ele sorriu. - Vou proteger a Marina de todo mundo, tá?

Malu: Ah meu amor, protege sim. - apertei ele em mim e fiz carinho em seu braço.

VAMOS FUGIR!Onde histórias criam vida. Descubra agora