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Chegamos na festa, e está tudo lindo. Fomos bem recebidos e estou um pouco mais tranquila, afinal, é a família do Wesley, né? Não sabia como eles receberiam o Felipe.

Douglas e Felipe ficaram bastante tempo conversando, estávamos na mesa da família, então não teve jeito.

Enquanto a Marina dormia no colo da dona Célia, fui brincar com o Murilo e com o Junior. Ai, como eu amo esses gordinhos. Estávamos sentados na área de lazer, brincando com umas coisas, até que o Junior cismou de ir pro pula-pula, e lá fui eu. Sentei com o Murilo lá também, e eles se acabaram. Tirei o Murilo e o Wagner o levou pra tirar foto com alguém, enquanto isso, estava calçando o tênis do Junior e ele diz:

Junior: Olha tia, meu pai. - eu demorei um pouco pra assimilar, confesso.

Malu: Vai lá nele, Junior. - eu saí da frente e ele foi correndo. Wesley estava lindo, com uma camisa social, e uma calça jeans. Cabelo cortado, barba feita, só estava muito magro. Fingi naturalidade e ia passando por ele, indo em direção a mesa.

Junior: Fala com meu pai, tia. - disse ele no colo do Wesley. Respirei fundo, sorri e cumprimentei ele e a mulher que o acompanhava.

Criança é foda, né? Não dá. Eu fui até a mesa e me sentei, Felipe me olhou estranho e eu fiquei sem entender.

Vó Célia: Filha, sua neném parece uma bonequinha. Estou apaixonada. - ela disse olhando a Marina.

Malu: Parece, né vó? A minha cara. - eu disse rindo e fui interrompida.

x: Arranja mais duas cadeiras aí pro Wesley sentar com a namorada dele. - disse um tio deles.

Puta que pariu, né? Eu não posso nem reclamar, essa é a família dele. A intrusa sou eu.

(...)

Eu estava conversando com a vó Célia e com a tia Janaína, até que a Marina acordou chorando e assustada, ela não tá acostumada com muita gente e barulho. Wesley deu uma olhada pra mim, e parecia que ele que era o pai dela. Eu hein, cara doido.

Peguei ela no colo, peguei também a bolsinha dela e fui pro banheiro. Troquei e a arrumei direitinho, ainda assim, ela estava enjoada, eu ia ter que amamentar.

Sentei na mesa meio de lado, meio de frente, dei o peito pra ela e botei uma toalha por cima. Felipe me olhou e murmurou alguma coisa, mas eu vou fazer o quê? Deixar a criança com fome? Eu hein.

Assim que ela mamou, pus pra arrotar e ela ficou atenta a todos os lados, olhava tudo. Muito esperta! Ela estava olhando pro lado onde o Wesley estava, e enquanto a menina que estava com ele mexia com ela e ria, ele permanecia de cara fechada. Não é que a bonitona esboçou um sorriso pra eles? Filha de uma Maria Luiza, sem um pingo de vergonha na cara.

X: Ela é muito linda, né amor? - eu pude escutar ela dizer pra ele.

WL: É sim, po. - ele disse bem sequinho.

X: A cara da mãe dela.

WL: Uhum!

Confesso que fiquei com vontade de rir, mas segurei a minha onda. Logo depois, Talia chegou chamando o Wesley e a menina para tirarem foto, já que eles tinham chegado depois e eles foram. Algum tempo depois, a menina voltou.

X: Malu? - disse ela me dando um toquinho no braço.

Malu: Eu mesma. - sorri sem graça.

X: Talia pediu pra você ir lá, ela quer tirar foto com os padrinhos.

Malu: Ah tá. Obrigada! - respondi.

Felipe me olhou atravessado de novo. Tá chatão já, hein colega. Deixei a Marina com ele, e fui. Muito sem graça, mas são coisas que eu não posso fugir.

Na hora da foto, Murilo quis ficar no meu colo. Me ama muito esse moleque. O fotógrafo pediu pro Wesley chegar mais perto de mim, e a perninha tremeu, infelizmente. Ele pôs a mão na minha cintura e eu gelei.

Malu: Tu só me bota em furada, hein! - saí batida da mesa, entregando o Murilo pra Talia.

(...)

Cantamos o parabéns e Felipe nem fez cerimônia, já quis logo vir embora. Eu até queria ficar mais, Marina tava tão tranquila. Mas, eu não ia criar um clima né? Não agora. Nos despedimos da família e saímos. No trajeto do salão até o apartamento, só se escutava a música do rádio, nada além. Até Marina dormiu nesse silêncio todo.

VAMOS FUGIR!Onde histórias criam vida. Descubra agora