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(...)

Hoje é sábado e eu me dei o luxo de acordar tarde, tomar meu café tranquila, me arrumar com calma, e sair pra resolver as coisas. Cheguei na clínica e fui pra minha sala, comecei a resolver as papeladas, liberar férias, folha de pagamento, etc... O meu ramal tocou, o atendi e era a minha secretária, perguntando se podia entrar, eu a disse que sim, e ela o fez. Entrou na minha sala cheia de buquês, chocolates, vários embrulhos de presente e eu fiquei sem entender nada.

Alicia: O sr Renato pediu para te entregar.
Malu: Joga tudo fora, Alicia.
Alicia: Mas, tem roupas, relógio, chocolates, joias e vários cartões.
Malu: Alicia, meu amor, vê o que te serve ou serve em alguma das meninas, o que vocês gostarem, podem ficar, o que não, joguem fora. Agora, me deixa terminar o serviço.
Assim que eu terminei de falar, Alicia pegou as coisas e saiu da sala.

(...)

Um pouco mais tarde, depois de saber que não aceitei nenhum de seus presentes, o Renato apareceu lá na clínica, entrando na minha sala como se fosse alguma coisa lá dentro.

Renato: Então, quer dizer que você tá dando pra traficante, Maria Luiza? – disse ele aos berros, ao entrar na minha sala.

Malu: Quem é você e o que você tem a ver com a minha vida, Renato? – eu disse, me levantando na cadeira. – Abaixa o tom, você não tá falando com qualquer uma.

Renato: Abaixar o tom por que? Ele deve falar pior com você. Seu padrinho vai adorar saber que a afilhada dele dá pra traficante, sobe o morro pra ser mulher de bandido. – ele veio em minha direção e segurou meus braços com força.

Malu: Me solta, porra! Você não tem direito de entrar aqui fazendo essa cena toda. E se eu dou um deixo de dar, o problema é todo meu.

Renato: VOCÊ ESTÁ FODIDA, MARIA LUIZA. EU VOU ACABAR COM A SUA VIDA! – ele disse apertando mais forte meus braços. Eu nem fiz muita força, não discuti, nada do gênero, apenas dei uma cabeçada em seu nariz, e ele me soltou.

Renato: Tá maluca, porra? – me deu um tapa na cara com tanta força, que me jogou no chão. – Você tá acostumada com tratamento assim.

Quando ele se virou, um dos meninos que trabalhava lá na clínica, que era irmão do Wagner, meu amigo moto-táxi, deu um porradão nele, os outros dois que também estavam lá, juntaram em cima e só pararam quando eu pedi que tirassem ele de lá.

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