Acordei de madrugada e me soltei do Felipe, dei uma olhada na Marina, peguei meu celular e saí pra cozinha. Enchi um copo d'água e sentei a mesa. Fuça pra lá, fuça pra cá, acabei desbloqueando o Wesley. Não sei o que me deu, mas fiz.
Respondi as mensagens da Edna e da Talia, liguei num jogo doido qualquer e fiquei me distraindo, até que uma notificação apareceu.
📲 Wesley
Colfoi, achei q tu nunca mais ia me desbloquear
Malu ✨: Eu também achei.
Po, to pensando em tu direto. Mó saudade do teu cheiro. Tá fzd o q ai? Tá em Portugal memo?
Malu✨: Perdi o sono. Tô sim!
Espero q eu seja o motivo e q seja bom
Malu✨: Não pode te dar moral.
Claro q pode, tu pode me dar td
Malu✨: Rala, Wesley!!
Fim da conversa 📲
O dia já estava amanhecendo e eu subi pro quarto. Sentei na cama e o Felipe acordou, ficou me olhando por um tempo e levantou. Juro que não entendi, mas...
Deitei novamente e ele voltou pra cama, começou a beijar meu pescoço e meu ombro. Por mais que eu não estivesse no clima e não estivesse com vontade dele, eu acabei cedendo. Ele conhece todos os meus pontos fracos, sabe como me fazer querer.
Transamos, não como marido e mulher, mas transamos como se fôssemos duas pessoas que precisavam daquilo, só matamos a carência.
Ele se levantou e foi tomar banho, voltou arrumado, logo ia trabalhar. Deu a volta na cama, deu um beijo na Marina que se mexeu e me deu selinho.
Felipe: Hoje eu venho almoçar com vocês. - jogou um beijo, joguei de volta e ele saiu.
Levantei pra tomar um banho e no meio dele, escutei a Marina me chamar. Saí correndo enrolada na toalha e a bonita já estava na cama, sentada, olhando tudo em volta.
Malu: Oi linda. - eu disse pegando-a no colo. - Vamos tomar banho com a mamãe?
Marina: Vamo! - disse não muito animada. - Meu pai?
Malu: Saiu pro trabalho, filha. Já já ele volta.
Ela não ficou muito satisfeita não, fez um biquinho de quem ia chorar, mas logo entrei no box com ela e tudo certo.
Arrumei a Marina, me arrumei e fui até a cozinha. Encontrei com a minha sogra por lá e aproveitamos para tomar o café da manhã juntas. Logo minha cunhada apareceu e levou a Marina para brincar no quintal, eu continuei por lá, enquanto terminava meu café.
Margarida: Quando vocês vão vir pra ficar? - Ai porra! Eu não acredito que vou ter que falar sobre isso a essa hora, sorri amarelo.
Malu: Não vamos fazer isso.
Margarida: Como não? Você acha que o Felipe vai aguentar essa vida de Rio de Janeiro x Lisboa?
Malu: Olha, não sei. Mas nós continuaremos morando lá.
Margarida: Maria, você acha certo prejudicar o crescimento e desenvolvimento da sua filha? Estragar seu casamento?
Malu: Eu não vou abandonar a vida que eu tenho, pra ser sustentada aqui. Tenho minhas coisas lá, minha família. E sobre a Marina, não vejo motivo pra senhora dizer que irei estragar o desenvolvimento dela.
Margarida: Felipe e nós também somos sua família. Como não? Ela vai crescer sem a presença do pai? Você mesma passou por isso e sabe o quanto é ruim.
Malu: Histórias e contextos totalmente diferentes, dona Margarida. - respirei fundo pra não jogar meu suco de laranja pra cima e sumir.
Margarida: Então, você e o Felipe vão se separar, né? Porque ele não pode viver preso a alguém que não quer acompanhá-lo.
Malu: Edna e Talia são a minha família. - respirei fundo e tomei um gole de do meu suco. - É sério isso? Vamos dar prioridade só ao Felipe? Só a vida e a carreira dele interessam?
Margarida: Não quero dizer isso. - ela pensou um pouco.
Malu: Eu sei que ele é seu filho e a senhora acha que devo ser submissa a ele, mas não serei, desculpa. Tenho o mesmo direito que ele.
Margarida: Eu só não quero que você prenda a vida do meu filho. - ela se levantou. - E não quero que você prive a Marina de conviver com ele. Bem que seu padrinho disse sobre você, totalmente prepotente, mas só está mostrando as garras agora.
Fiquei como estátua na cozinha, engoli a seco cada palavra que ela disse. Sempre fui muito bem tratada pela família do Felipe, mas essa vinda deles pra Portugal fez com que eles mudassem muito. Ou, eu não enxerguei quem eles eram.
Levantei da mesa e lavei a louça que usei, subi pro quarto, arrumei as malas e pedi um carro pelo aplicativo. Deixei tudo na porta e fui até o quintal, minha sogra e minha cunhada conversavam até me ver. Aquele típico momento que você sabe que as pessoas estão falando de você, então...
Malu: Filha, se despede do seu primo porque nós vamos embora. - agachei ao lado deles e fiz ela dar um beijinho nele. Levantei com ela no colo e falei o mesmo em relação a tia e a avó.
Margarida: Como você vai embora?
Malu: Indo.
Fernanda: O Felipe não vai gostar nada disso. - virei as costas e saí.
Cheguei no portão e o carro estava lá. Pedi ajuda ao motorista que foi super solícito comigo, entrei no carro e ele me levou para um hotel que ficava próximo ao aeroporto. Paguei e ainda dei uma gorjeta, pois me ajudou com as malas na hora de sair também.
Fiz o check-in e o rapaz que trabalhava lá me ajudou com as malas. Entrei no quarto, botei Marina na cama com alguns brinquedos e peguei meu celular.
📲 Felipe Monteiro.
Malu✨: Felipe, estou em um hotel. Preciso conversar com você.
Malu✨ compartilhou sua localização.Minha mãe me ligou, quando eu sair do serviço, vou direto aí.
Malu✨: Ok.
Fim da conversa 📲
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VAMOS FUGIR!
No Ficción{2016} FINALIZADA! O que é seu, sempre vai ser seu, não importa quantas voltas o mude dê. Se é teu por direito, volta pro lugar. Depois de perder sua mãe, Maria Luiza precisa morar com o seu pai em um lugar novo, no meio disso tudo, conhece o amor d...