Capítulo 17 - parte 2 (rascunho)

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O sexteto saiu mal receberam o sinal da ponte, seguido do desejo de boa sorte. O casal de irmãos telepatas não teve dificuldade em se adaptar, em especial por conta dos dons telepáticos que lhes permitiram assimilar a experiência dos demais.

– Potência mínima nos rádios, gente – ordenou Polanski. – Vamos acelerar para facilitar a equalização das velocidades.

Já se via a gigantesca fora cercando a Colmeia em rumo convergente a eles, chegando por trás. Eles voariam por quase uma hora antes de serem alcançados pela vanguarda dos Krills, quando então mudariam de rumo e tetariam alcançar uma das grandes comportas. Segundo Jammes, ele tinha obtido um mapa mental da Colmeia e não seria difícil chegar ao objetivo. Afastado deles, mas ao alcance das armas, uma frota invisível de cento e cinquenta caças acompanhava-os, caso fosse necessário socorrê-los. Nada aconteceu e, no tempo previsto, estavam entre um enxame de caixas enormes. Como naquele momento desenvolviam a mesma velocidade, cortaram motores e viraram-se para trás.

– É contigo, Major Randal – disse Luísa. – Vamos desligar a camuflagem porque somos tão pequenos que os instrumentos não nos localizarão, em especial com a quantidade de sinais das caixas a interferir.

– Faz sentido, TB – disse Faria, enquanto Jammes tomava a dianteira.

Ao contrário das naves, a Colmeia era como um gigantesco funil onde a parte estreita ficava para cima. Com a proximidade, já sabiam o tamanho daquela monstruosidade que tinha nada menos de trezentos quilômetros na base, uma altura de trezentos e setenta com o diâmetro superior de vinte quilômetros. O "cano" do funil tinha quase cem quilômetros.

– Temos algumas opções, TB – disse Jammes. – O topo é uma entrada e, nas paredes há comportas. Pelo que obtive do prisioneiro, no topo há eclusas individuais e não existe qualquer tipo de controle. Outra coisa que soube é que não usam recursos de camuflagem.

– Vamos pelo topo – decidiu Luísa, mudando a direção. – E como é por dentro?

– Como uma cidade vertical – explicou o major. – A atmosfera é quase igual à nossa. No centro, há um gigantesco túnel, poço seria mais adequado, de mais ou menos dois quilômetros e que interliga todos os níveis.

– Precisávamos de encontrar um lugar ideal para soltar o vírus.

– Esse foi outro dos motivos que sugeri a entrada pelo topo. Há lá muitas instalações de manutenção. Se acharmos uma de tratamento de ar ou água, estamos feitos.

– Ótimo – disse Luísa. – Temos que nos apressar porque, segundo as observações da Polaris, em umas vinte horas devem estar em condições de saltar.

– Não estou certo disso – replicou o major Randal. – Entretanto, não obtive informações suficientes; apenas que precisam de um tempo com o sol para carregar. As fontes de energia deles são muito inferiores às nossas. Tanto que podemos manter uma nave invisível e eles não.

– Mesmo assim, vamos tratar de acelerar.

― ☼ ―

O grupo voou veloz e sem dificuldades. Como Polanski sempre acreditara, eram pequenos demais para serem detetados sem dificuldades. Naquele momento, junto ao gigantesco funil, deram-se conta de como eram pequenos em relação a tudo o resto. Viram dez naves saindo pelo topo e outro tanto entrando, o que os levou a acreditar que se tratava de revesamento e vinha mesmo a calhar, uma vez que a infeção seria geral.

Finalmente pararam na boca do cano e começaram a analisar o conjunto. Não demoraram a encontrar várias eclusas de acesso, mas o acaso veio em seu auxílio porque uma comporta enorme no topo abriu bem perto do grupo para uma nave caixa sair. Imediatamente Luísa atirou-se para dentro, seguida do grupo. Quando a comporta externa voltou a fechar, sentiram que o ar era bombeado e, em pouco tempo, estavam com ar e a pressão semelhante a uma altitude de mil metros na Terra, perfeitamente suportável por eles. Sem transição, o campo de força responsável pela atmosfera interna da nave individual desfez-se assim que identificou ar respirável, poupando, com isso, o ar deles ao mesmo tempo que iniciou a renovação das reservas internas. Fascinada, Helena disse:

Estação Júpiter 80Onde histórias criam vida. Descubra agora