Capítulo 15 - parte 2 (rascunho)

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O pequeno caça saía da nave-mãe, ainda devagar. A tenente-brigadeiro Polanski ficou apenas três horas lá. Viu o filho e ouviu, junto com Fagundes um pouco da conversa de ambos, mas não entendia nada de biologia, em especial extraterrestre. Contudo, notou que ambos ficaram entusiasmados ao trocarem informações sobre o inimigo.

A esperança, agora, era que conseguissem sintetizar um vírus mortal. A ideia era inocular o vírus nos seres humanos que passariam a ser portadores. Quando aprisionassem algum humano, coisa que faziam com frequência, começaria o grande e definitivo estrago. A ideia inicial de os contaminar com os prisioneiros foi posta de lado porque seria fácil concluir algo do gênero. Então, para destruir as naves, a grande esperança passava a ser o bombardeio nuclear e raids fulminantes com os caças.

Ja receberam informações em Júpiter que mais aliados, três deles não humanos, estavam em vias de se juntar a guerra, após receberem as informações das armas. Segundo Fagundes, esperavam um total de duas mil novas unidades pesadas e superpesadas, além de caças fabricados em Pégasos e Aurora.

Quando recebeu liberação das patrulhas, acelerou de forma abrupta e disse:

– Newton, consegues criar uma rota cujo salto termine atrás da barreira inimiga e antes de alcançar a atmosfera?

– Olhe, TB, usando um termo do seu tempo eu diria: bebeu, por acaso? – perguntou o computador, fazendo uma cara de espanto que até parecia um ser humano autêntico. – esta distância um erro por menor que fosse era capaz de nos fazer materializar no núcleo do planeta!

– Mas e de uma distância menor?

– Menor quanto?

Luísa explicou o seu plano e Newton ficou ainda mais espantado.

― ☼ ―

Na base da antártica tudo corria às mil maravilhas e o general fazia tudo o que foi solicitado. A major preparava-se para pousar quando o rádio recebeu uma mensagem aberta.

– "Atenção, minha gente, aqui Polanski. Preciso que um esquadrão faça um ataque deviacionista no equador e outro no polo norte. Coisa rápida, tipo guerrilha. Em cinco minutos retornam para a base. Ataquem às vinte padrão."

– Confirmado – disse a major, surgindo na tela dela. – Ataque às vinte horas. Esquadrão alfa, encontrem-se comigo.

– "Beleza, tchê" – disse Antônio, sorrindo. – "Vou decolar com o beta. Gabi, vai para o polo."

– Copiado, Gabi desliga.

Luísa aguardava na Lua, voando rente à superfície. Quando faltavam quinze minutos, acelerou e tomou rumo da terra, alcançando dez por cento de c no tempo previsto. Ainda estava demasiado longe para ser rastreada, mas logo começou a ver explosões bem fortes e um movimento do cinturão de bloqueio para o norte.

– Executar – quase berrou.

A nave desapareceu a trinta mil quilômetros e surgiu apenas a quatrocentos da superfície, voando a nada menos que trinta mil quilômetros por segundo. Nessa velocidade a nava não aguentaria, mas, meio sgundo depois de voltar, os foguetes entrarem em ação e ela começo a frenar de forma absurda, ao mesmo tempo que ficava invisível, apesar de que isso era apenas para ajudar um pouco.

Quando fez contato com as camadas superiores da atmosfera alguns alarmes dispararam, mas Polanski não se abalou, enquanto parecia uma bola de fogo descendo em direção ao Atlântico. A velocidade reduziu a nívia aceitáveis, mas ainda era absurda. A quinhentos metros de altura, Newton disparou uma salva contínua, provocando uma explosão violenta e ela nivelou tomando rimo do sul.

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