Capítulo 13 - parte 2 (rascunho)

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Com as naves prontas para decolar e devidamente carregadas com tudo o que precisariam, até no caso de um pouso de emergência, as equipes começaram a sair, todas as naves agrupadas em grupos de vinte e cinco. As vinte esquadrilhas mais o Faria e Luísa aceleraram o máximo.

– Newton – disse ela para o seu console –, preparar novas coordenadas para a Lua e sincronizar com as esquadrilhas. Faz com que eles efetuem o salto à razão de um a cada meio segundo.

– Confirmado, TB.

Ela e Antônio tomaram a frente e quando o momento chegou, as naves saltaram, uma a cada meio segundo. O caça dela ergueu o nariz e acelerou muito mais para, com uma curva suave, mirar para um das caixas a alguns milhares de quilômetros.

– Atenção, Will, vamos começar a brincar com esses diabos. Dez caixinhas de gafanhotos para fritar.

Mal terminou de falar, já estava em cima da primeira nave inimiga e Willian disparou um tiro certeiro. A velocidade, contudo, era tão grande que não houve tempo de acertar o segundo, só que já estavam na cola de uma nova caixa, que levou mais dois diparos, explodindo enquanto o caça fazia uma curva apertada, rebentando o terceiro inimigo e fechando a curva para acertar mais um tiro na primeira nave que, daquela vez, explodiu. Pelo canto do olhou viu o amigo com a filha, rebentando mais dois e uma terceira nave pegando mais no flanco. Sem perder tempo mergulhou em direção à Terra, ainda muito longe bem a tempo de escapar de um impacto direto de um raio. Confiando que algum colega acabaria com a nave que disparou, ela foi para o próximo lote. O espaço começava a ficar iluminado com as caixas explodindo e os caças eram como mosquitos furiosos que mergulhavam sobre uma nave Krill, destruindo-a e já partindo para a próxima.

Infelizmente, nem tudo eram rosas e ele viu dois elementos do décimo esquadrão colidirem e explodirem. Com pressa, berrou ao microfone:

– Procurem operar afastados para não serem atingidos uns pelos outros.

Polanski estava séria e não alegre, como era seu hábito, e isso preocupou Willian, levando-o a pensar que ela estava pessimista quanto à ação. Já havia furado o primeiro cinturão de naves que ficava a meio caminho entre a Terra e a Lua. Junto, duzentas naves acompanhavam-na, enquanto o resto limpava o setor, conforme o plano. Luísa não tardou a ver várias naves Krills decolarem para ajudar na defesa, mas isso seria bem depois.

– A eles, espião – disse, mais animada – bala nos diabos. Newton, status operacional?

– Tudo em ordem, TB, condição estrutural ok, munição em noventa e oito por cento, combustível ok, energia ok. Não recomendo recorrer à invisibilidade com as requisições excessivas que as suas manobras fazem.

– A invisibilidade é perigosa porque podemos bater uns nos outros.

Enquanto conversava, fez uma guinada bem a tempo de passar no meio de duas naves Krills. Fez o caça girar em um parafuso e Willian atirou, destruindo ambos. Luísa viu uma brecha com algumas naves enfileiradas e mirou neles, enquanto Willian abriu fogo cerrado a seu pedido. Os cubos explodiram uns após os outros e ela passou praticamente no meio, atravessando as chamas com os canhões atirando em tudo pela frente.

– Caramba, TB – disse Willian, assustado depois que atravessaram umas vinte naves destruídas. – Mais uma dessas e precisarei de calças novas.

– Valeu a pena, Will – disse ela com uma risada alegre. – Isso deve ter deixado os gafanhotos muito assustados. Sinceramente não entendo com a gente pôde ter perdido a guerra.

Deu um mergulho para mais perto da Terra, onde havia um grupo de, pelo menos, duas mil naves bastante próximas entre si. Mirou nelas e Willian até gelou. Pelo canto do olhou notou mais naves do seus esquadrões que furaram os bloqueios superiores. Um das caixas disparou, mas Luísa previu o ataque e já não estava lá, contudo, o brilho intenso atrás de si mostrou que um dos caças deve ter sido atingido em cheio, senão não teria explodido. Triste, perguntou:

Estação Júpiter 80Onde histórias criam vida. Descubra agora