Capítulo 11 - parte 2 (rascunho)

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Willian mais o seu homem saíram para o espaço e, como fez o par Polanski/Faria antes, ficaram maravilhados a olhar a paisagem que era Júpiter. Depois de alguns minutos, começaram a voar para se posicionarem. Iam devagar porque sabiam que levaria algum tempo a que a equipe alcançasse a entrada. Ambos guiavam-se pela imagem holográfica projetada no pulso. O agente americano optou por descer até ao nível correto e, depois, circunavegá-lo.

Isso fazia com que passasse por mais de um hangar, mas não tinham medo de errar, uma vez que possuíam o mapa com a luz guia. Como os hangares possuíam vários janelões, ele aproveitou para observar cada um deles. Estavam vazios, exceto por um que continha algo estranho. Parou e fez sinal para o soldado, que se aproximou e, por instinto, segurou a metralhadora com mais força.

Quando olhou, viu o que Willian desejava mostrar. Ali havia uma nave estranha, mas relativamente pequena. Era um cubo, com não mais de quatro metros e alguns propulsores. Encostou-se à janela e olhou com atenção, usando uma lanterna para projetar a luz para dentro. Contou seis daquelas caixas. Usando o rádio na potência mínima e apagando a lanterna, disse:

– São botes salva vidas. – Apontou para dentro. – Acho que, se levarmos em conta o tamanho e o que deve ter de equipamentos de sustentação de vida, propulsão, etc., deve haver uns dez indivíduos por cada box desses.

– Poderia ter mais, se eles se amontoassem. Além disso, acredito que os foguetes devem ser bem reduzidos porque, do contrário, teriam ido para a Terra.

– Talvez sim – concordou Willian. – Vamos indo, mas termos que lembrar como voltar aqui.

– Tem um número na escotilha, senhor, e já vi que não se repetem. Deve ser o número do hangar – disse o soldado apontando para um canto onde tinha o número seis.

– Ótimo, vamos, então.

Continuaram até à entrada da nave e posicionaram-se. Seguindo as instruções do Newton, ambos começaram a trabalhar nos controles de modo a poderem abrir o hangar provocando uma descompressão explosiva em um tempo muito curto. Trabalharam com tanto afinco que nem se deram conta do tempo. Quando o rádio deu sinal de vida, assustaram-se.

― ☼ ―

– Droga, não conseguiremos ver nada sem entrar – disse a tenente-coronel, aborrecida. – Os vidros não permitirão a correta operação dos sensores.

– Então o ideal é obrigá-los a sair – comentou Paulo –, não parece ser uma tarefa impossível, porque, se entrarmos, seremos um alvo muito fácil.

– E não é impossível – arrematou Luísa. – Capitão, posiciona os homens de modo a se entrincheirarem e também protegerem as nossas costas. Major vamos atirar e entrar assim que a porta abrir. O resto segue atrás assim que possível, mas tomem cuidado para não morrer mais ninguém.

– Certo, TC.

– Newton – disse Luísa e a figura apareceu. – Quero uma queda de temperatura para uns quatro graus em cinco minutos dentro deste hangar.

– Isso significa uma queda de temperatura de exatos dezoito graus – respondeu a máquina. – O mais rápido, dado o tamanho do hangar, será cinco minutos e cinquenta segundos...

– Que seja, homem, apenas faça agora – interrompeu Luísa, impaciente.

– Claro TC, eu já comecei – disse a máquina com um sorriso tão perfeito que passaria por gente. – Pela análise do seu organismo, a senhora precisará de descansar em duas horas e quarenta minutos. Não tome mais nada.

– Abelhudo – resmungou a comandante e tanto o marido quanto o capitão cairam na risada. Newton, entretanto, não respondeu.

Ao fim de cinco minutos e meio, ele disse:

Estação Júpiter 80Onde histórias criam vida. Descubra agora