CARLA DIAZO João, esperto como sempre, logo notou minha agitação.
Porque, se tem uma coisa que eu não aprendi, foi disfarçar quando percebo alguém olhando para mim.
É um troço esquisito, se percebo alguém me olhando, não consigo parar de olhar de volta.
Meu amigo levantou uma sobrancelha, que foi acompanhada de um sorriso maroto.
João: O que foi?
Carl: Não foi nada. — Tentei disfarçar, mas ele me conhecia bem.
João: Não mente. Eu vi o amigo do Ronan te olhando. E você bem que estava gostando.
Carla: Eu não! Estava gostando nada, nunca vi esse cara antes. — João me encarou com uma cara de "me engana que eu gosto" antes de continuar:
João: O cara é o amigo do Ronan, aquele que ele sempre menciona nas conversas dos tempos de faculdade em Goiânia.
As histórias dos tempos de faculdade do Ronan, na maioria das vezes, se resumiam a: mulheres, sexo, mulheres, festas, sexo, baseado e, de vez em quando, os estudos... E em suas histórias mais picantes, o tal Arthur sempre aparecia.
Ainda não sei como a minha amiga foi se casar com aquele tarado.
Brincadeira, o Ronan mudou muito. Hoje, ele é um cara sério, fiel e muito apaixonado por ela.
João: Você ouviu? — perguntou, mas eu não sei o que ele disse, porque estava perdida em meus pensamentos.
Carla: Ouvi o quê?
João: Carla Days, fica esperta com esse cara.
Carla: Até parece que essa delícia vai querer alguma coisa comigo com esta variedade de mulher sarada... — Apontei para as garotas marombadas.
João: Alguns homens ainda preferem as mulheres naturais, Carla. — Dei um beijo na bochecha dele e, quando me virei, lá estava o "garanhão dos tempos da faculdade do Ronan" olhando para mim novamente.
Alguns minutos depois, a mãe da aniversariante, muito afobada, foi falar comigo.
Pocah: Você viu um cara loiro que estava falando com o Ronan?
Carla: Não — menti.
João: Ela viu, sim. Ele estava secando-a agora há pouco. — Cutuquei o João e o fuzilei com o olhar.
Pocah: Pois é. Fica longe dele! É um cretino galinha! Lembra-se das histórias...
Carla: Dos tempos da faculdade do Ronan. Lembro, sim. Eu já sei que o loiro delícia é o amigo do seu marido — interrompi-a. — Eu não entendo porque você está tão preocupada, não sou nenhuma idiota. E mais: com tanta garota linda aqui, acha que ele iria querer alguma coisa logo comigo?
Pocah: Amiga, para, você é linda e acredite, ele quer. Estava perguntando de você para o Ronan. — Meu coração disparou no peito com a informação.
Carla: Deixa de neurose, Pocah! Não sou uma adolescente ingênua. O que a faz pensar que eu vou querer alguma coisa com ele?
Pocah: Não sei. Talvez o fato de ele ser lindo de morrer — respondeu, sarcástica. — E o fato de a gente saber algumas histórias picantes sobre ele. O fato de você estar na seca...
Carla: Ei! Também não é assim! E, além do mais, lindo de morrer ou não, ele ainda é o amigo galinha do Ronan.
Ronan: Amor, está na hora de cantar parabéns. — ele apareceu, mostrando o relógio.
Pocah: Fica longe dele. — Ela se afastou, fazendo um gesto com os dedos, insinuando que estava de olho.
Carla: Quantos anos ela acha que eu tenho? Posso ser pequena no tamanho, mas ela esqueceu que eu tenho quase 30 anos.— reclamei com o meu amigo, que passou a me ignorar.
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O Crossfiteiro Irresistível.
RomanceSinopse: Carla Diaz, nunca pensou que conheceria o homem da sua vida na festa de aniversário de sua afilhada, muito menos que ele seria um cafajeste. Já Arthur Picoli, assim que colocou os olhos na madrinha da filha de seu melhor amigo, de cara, qui...