Ronan: O que você fez, seu idiota? — Mal me esperou abrir a porta.Arthur: Nada que fosse te deixar surpreso. — Ignorei a cara feia. Dei as costas para ele e sentei no sofá.
Ronan: Filho da puta! Levanta essa sua bunda inútil desse sofá e vai consertar a merda que fez! — esbravejou de pé na minha frente.
Arthur: O que te faz pensar que quero consertar alguma coisa? E por que acha que tem conserto? Senta aí e pega uma cerveja.
Ronan: Eu te defendi, droga! Te apoiei e você me dá uma facada dessas nas costas dela! A Carlinha não merece isso, cara!
Iria expulsá-lo se não calasse aquela boca grande dele. Já me sentia culpado o suficiente, não precisava de incentivo.
Arthur: Vai embora, Ronan.
Ronan: Eu vou dormir no sofá por sua culpa! Desde que você apareceu, minha vida está uma merda! Discuti várias vezes com a minha mulher por sua causa!
Arthur: Quem mandou ser idiota e contar nossas farras pra ela? — Sem mencionar que ele ainda tinha contado das minhas farras para a Carla, mas aquilo já não importava mais.
Ronan: Sabe, a culpa é minha — ele disse, me ignorando. — Eu que te conhecia. Deveria ter sido o primeiro a alertá-la sobre você. Era minha obrigação protegê-la, pois sabia que você não a merecia.
Arthur: Exatamente! Você é um péssimo amigo — zombei.
Ronan: E você é um babaca! Tem essa vida de merda e acha que é feliz nela, mas está se enganando, meu amigo. A Viviane foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Está desperdiçando a sua chance de ser feliz por causa de uma safada que te traiu no passado. A Carla não é a Larissa, porra!
Arthur: Já disse merda o suficiente, Ronan. — Levantei e fui até a porta. — Sai da minha casa. — Mostrei a saída.
Ronan: Quem está querendo enganar? Olhe pra si mesmo! Se afogando em bebida. — Apontou para as garrafas vazias. — Eu sei que se apaixonou por ela, mas é covarde demais pra assumir.
Arthur: Sai — pedi, com toda a calma que podia. Se ele demorasse mais um segundo ali dentro, partiria para a agressão.
Ele me encarou da cabeça aos pés antes de passar por mim e sair.
Ronan: Você é um idiota, Arthur! — gritou, já do corredor.
Ainda nem era onze da manhã e eu já tinha sido xingado de babaca e idiota por duas pessoas diferentes.
Estava feito. Mesmo que eu quisesse ir atrás dela, Pocah e Ronan nunca me deixariam chegar perto. Tinha sido um golpe de mestre.
Vocês devem estar se perguntando, por que simplesmente não a dispensei sem precisar dessa canalhice toda? Por dois motivos: Primeiro, porque não seria o cafajeste que alegava ser se tivesse agido corretamente.
Segundo, eu precisava ter a certeza de que Carla não me perdoaria, ou acabaria cedendo e me tornando realmente refém e escravo daquele sentimento.
Assunto resolvido. Estava livre e já podia voltar para minha vida... vazia e sem sentido.
Comentário.
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O Crossfiteiro Irresistível.
RomanceSinopse: Carla Diaz, nunca pensou que conheceria o homem da sua vida na festa de aniversário de sua afilhada, muito menos que ele seria um cafajeste. Já Arthur Picoli, assim que colocou os olhos na madrinha da filha de seu melhor amigo, de cara, qui...