Capítulo 26 :

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Arthur: Boa noite, pessoal! — os cumprimentei, cordialmente. Ronan encarava sem disfarçar nossas mãos entrelaçadas.

João: Boa noite, cara! Não faz cerimônia, senta aí. — O carinha que estava com eles puxou uma cadeira, quebrando o clima chato.

Nós nos sentamos de frente para o Ronan e a Pocah.

Finalmente, meu amigo da onça saiu do transe e começou a falar:

Ronan: Nem precisa perguntar ne Arthur? Cerveja?

Arthur: Cerveja. — E você, Carla?

Carla: Cerveja também.

Ronan: Duas cervejas, amigo! — ele pediu para o garçom.

Pocah: Os dois vão beber? Quem vai dirigir? — Perguntou, emburrada.

Carla: Nós viemos de Uber — Carla respondeu, ignorando a cara de bronca da amiga. Deu-me em seguida um beijo leve nos lábios.

Podia sentir os olhares assassinos da Pocah perfurando meu corpo. O que aquela doida tinha contra mim?

Pocah: Carlinha, querida, vem comigo ao banheiro? — Vi quando a Carlinha revirou os olhos, mas concordou.

Carla: Já volto. — Assenti com a cabeça. Ela me olhou com carinho antes de sair atrás da psicopata.

Arthur: É, eu acho que a sua esposa não gostou muito de me ver aqui, Ronan.

Ronan: Bobagem... — disse, sem me convencer.

João: Relaxa, cara! Não é pessoal. Semana passada, ela ficou brava porque eu trouxe uma garota que ninguém conhecia. Você ainda está no lucro, já que não é nenhum estranho. — Eu não tinha tanta certeza daquilo.

João: A propósito, muito prazer, eu sou o João. –  Apertei a mão dele. O cara parecia legal.

As duas voltaram rindo do banheiro e finalmente consegui relaxar. Até a megera abrir a boca:

Pocah: E então, vocês estão namorando? — A pergunta foi para mim.

Caralho! Meu coração disparou. É claro que não estávamos namorando, mas sequer sabia como responder.

Carla também me encarou, esperando a minha resposta, e parecia que, no olhar dela, esperava que eu dissesse que sim.

Arthur: É... Bem...

Carla: Ainda estamos nos conhecendo, Poquita. — Ela resolveu responder por mim.

Pocah: Mas já faz um tempo que estão saindo. Não está na hora de oficializar a relação? — Puta que pariu! Aquela mulher me odiava!

Tinha sido uma péssima ideia ir àquele bar.

Pocah: Em que século você vive, Viviane? — Foi João quem perguntou. — Os dois vêm com a gente pra boate? — Ele virou-se para nós.

Arthur: Se a Carla quiser, nós vamos sim.

Lá, pelo menos, a música atrapalharia as perguntas indiscretas da Pocah.

E foi assim que fui parar em uma boate com uma garota depois de muito tempo.

Eu não levava garotas para festas, as tirava de lá, mas lá estava o Arthur Picoli, dançando agarradinho, e a música nem era lenta.

Nossos corpos estavam tão unidos, que pareciam que iam se fundir a qualquer momento. Carla se virava de costas, esfregava o corpo no meu e ia se abaixando na minha frente.

Tive a impressão de que ejacularia na calças ali mesmo. Eu só pensava em tirá-la dali e jogá-la na cama mais próxima.

Mais tarde, estávamos todos sentados no bar da boate, quando o amigo dela a chamou para dançar. Ela aceitou sem pestanejar e, puta merda, aquilo me incomodou!

O Crossfiteiro Irresistível.Onde histórias criam vida. Descubra agora