Capítulo 13 :

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Carla Diaz

Carla: Trabalhei o dia todo — respondi sem olhar para ela. — Cadê a minha cerveja? — Fiz um gesto para o garçom.

João: Conta logo que você passou a noite com o crossfiteiro  e acaba logo com isso. — João se meteu na conversa, entediado.

Olhei para o Ronan e quase pude ouvir um "negue" saindo dos seus lábios.

Carla: Ok, passei a noite com o amigo o crossfiteiro — confessei. Negar pra quê?

Pocah: Sai de perto de mim! — gritou, batendo no marido. — Vai sentar perto dela, vai! — O coitado obedeceu igual a um cachorrinho e sentou ao meu lado.

Carla: Não o trate mal! — defendi, passando os braços por sobre os ombros dele e beijando a sua bochecha.

Pocah: É culpa dele, eu falei pra não deixar aquele galinha chegar perto de você.

Ronan: Ele queria conhecer a Vitória — se defendeu.

Pocah: É... E você tinha que levá-lo pra conhecer a nossa filha bem na hora que a Carla estava com ela nos braços?

Ronan: A Carla não é nenhuma ingênua, Pocah.

Carla: Muito obrigada. — Sorri para ele e fechei a cara para ela.

João: Vamos ao que realmente interessa — João nos interrompeu. — Vocês fizeram sexo? Foi bom? — Depois disso, o alvo dos olhares mortíferos com certeza passou a ser o João. — Qual é, Pocah? A nanica sabe se defender sozinha, ela não precisa de ninguém lavando a honra dela com sangue. Até porque a honra dela já foi para o espaço há muito tempo, não é?

— Dei um beliscão nele, fingindo que fiquei ofendida.

Pocah: Tá bom, desculpa, Carlinha! Eu sei que você não é idiota. Eu só não quero te ver por aí, jogada pelos cantos, bêbada, com um violão na mão. – Violão ? a minha amiga viaja as vezes.

João: Vocês transaram ou não, Car? Satisfaça a curiosidade desse seu amigo.

Pocah: Você é retardado, João? Ela acabou de dizer que passou a noite com ele. É óbvio que transaram, não é?

Carla: É... — Assenti, afinal, contávamos tudo um para os outros. Desconhecíamos as palavras "segredo" e "privacidade".

Pocah: Que safada, hein, Carla? Já deu logo no primeiro encontro! — Ela lançou-me com um ar de reprovação e automaticamente o meu dedo do meio criou vida e se levantou na direção dela.

Ronan: Amor, é o Arthur. Ele não teria toda aquela fama se não conseguisse levar a nanica para a cama logo no primeiro encontro. A gente transou no nosso primeiro encontro também.

Carla: Muito obrigada, Ronan! — Dei um soquinho no braço dele de reprovação.

João: Como foi? Vocês foram para sua casa ou ele te levou para um motel? — Ele estava realmente interessado naquela parte da história.

Carla: Para a casa dele, eu dormi lá. — Ronan arregalou os olhos como se eu tivesse dito o maior absurdo de todos os tempos.

Ronan: Ele te levou para a casa dele?

Carla: Levou.

Ronan: E você dormiu lá?

Carla: Dormi, e de conchinha, se quer mesmo saber.

Ronan: Eu não acredito! — falou na minha cara.

Pocah: Por que ela iria inventar uma coisa dessa, idiota? — quis saber.

Ronan: Desculpa, Carlinha! Sei que você não inventaria. Só é muito estranho.

Pocah: Estranho por quê? — insistiu, mas resolvi dar um basta naquela conversa. Era de mim que eles estavam falando.

Carla: Isso não tem importância, amiga. Eu dormi lá, foi uma noite incrível, mas foi só. Não vou me iludir, afinal, ele é...

O amigo dos tempos da faculdade do Ronan — o João, a Pocah e eu dissemos ao mesmo tempo.

Ronan: Eu não entendi o porquê do coro. — Ele se fez de desentendido. Pocah o ignorou e continuamos a conversar, mudando o foco para o João.

O Crossfiteiro Irresistível.Onde histórias criam vida. Descubra agora