O Crossfiteiro Irresistível.

Capítulo 14 :

LUA

Carla: Não posso deixar de comentar que a culpa é do João por eu ter saído da festa com o Arthur. Se ele tivesse me dado carona, eu teria ido direto para casa.

João:  Ei! Não coloca a culpa das suas safadezas em mim não, Carla Diaz com Z! — Enquanto eu ria da carinha de ofendido dele, o meu celular tocou.

Carla: Alô? –  Do outro lado da linha, estava a última pessoa no mundo inteiro que eu esperaria que me ligasse.

Arthur: Carla? É o Arthur. Atrapalho? — Fiquei sem fala na hora. — Carla, está aí?

Carla: Sim, quero dizer, não atrapalha. Tudo bem?

Arthur: Tudo, e você?

Carla:  Estou bem, obrigada.

Arthur: Tá ocupada agora?

Carla: Estou num bar com amigos. — Olhei para os três, atentos a minha conversa.

Arthur: Entendo, então... Será que podemos nos ver amanhã? — Ele queria me ver? O cafajeste delícia estava querendo um segundo round? Eu deveria ter inventado qualquer desculpa, mas...

Carla: Claro! Onde?

Arthur: Posso passar para te pegar na sua casa? A gente decide juntos.

Carla: Pode, te mando o endereço.

Arthur: Combinado, vou esperar ansioso para te ver amanhã. Um beijo, meu bem. — meu bem?

Carla: Ah... Outro. Até amanhã. — Desliguei ainda um pouco surpresa.

Pocah: Não me diga que era o Thur? — perguntou, mas não para mim, e sim para um Ronan que, provavelmente, estava muito, muito ferrado. — Ronan. Eu. Vou. Te. Matar — ela o ameaçou pausadamente e com uma calma que deu medo.

Ronan: Amor, eu...

Carla: Chega! Os dois, parem já com isso! Pocah, pare de atormentar o seu marido, não foi ele que abriu as pernas para o Arthur. — Senti-me no dever de interromper. Eu hein? A vida dela já não era agitada o suficiente para querer tomar conta da minha? — Eu estou cansada, vou pra casa.

— Levantei, saí sem ao menos me despedir e os deixei lá, com umas caras de tacho. Exceto o João, que ria da situação. Oh homem pra gostar de um malfeito!

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No dia seguinte, o Arthur me mostrou como um segundo encontro podia ser ainda melhor que o primeiro.

Sim, aquele homem sabia como agradar uma mulher.

Ele me levou ao teatro e, pasmem, era uma peça que eu estava super a fim de ver.

Eu desconfiei que tinha o dedo de um certo amigo ali. Nota mental: agradecer ao Ronan. Depois do teatro, fomos a um restaurante muito chique, Arthur era amigo do dono. Lá, me apresentou a mais um vinho chileno, do qual eu também gostei muito.

A conversa fluiu tão naturalmente, que era como se fôssemos conhecidos há anos. Naquele momento, o meu sinal de alerta apitou. Tarde, mas apitou.

Era fato que, se depois do encontro aquele deus grego ainda quisesse continuar me vendo, eu cairia de amores facilmente, pois, eu não via nada de galinha ou de cafajeste nele.

Já começava a duvidar de que o amigo cafajeste do Ronan e o Arthur eram a mesma pessoa. Tinha alguma coisa muito errada ali.

Um típico galinha, que tem como objetivo quantidade, não estaria totalmente à vontade num segundo encontro romântico, sendo tão legal e gentil.