Numa sexta-feira à noite, sem avisar, minha amiga apareceu linda e gata na minha porta, me intimando a sair.Mesmo sem qualquer motivação para tal, era impossível negar qualquer coisa a ela.
Pocah: Não quero nem saber, Carla Diaz! Já faz uma semana que está curtindo fossa. Quer fazer isso? Faça na balada. Paguei uma babá pra ficar com a Vitoria hoje, quero nem saber. Vou dançar até o dia amanhecer.
Carla: Você tem marido. Vai com ele. — Desinteressada, me joguei no sofá, chutando minhas pantufas para longe.
Pocah: Vamos logo, o João vai também.
Carla: Não quero ir — Ela se levantou e me puxou com ela.
Pocah: Carla, pode ir para o seu quarto e se arrumar.
Carla: Por que? Vai você e o João. — Fechei a boca e comprimi os lábios pela cara que ela fez. Não duvido nada que pegaria um chinelo e me bateria se eu continuasse a provocá-la.
Encerramos o assunto e ela me ajudou a escolher uma roupa. Uma blusa preta de manga comprida, saia de cintura alta rodada e scarpins pretos.
Finalizei o look com uma maquiagem simples e, por fim, enrolei no pescoço um cachecol de tricô.
Fomos a um barzinho com karaokê de um amigo do João.
Carla: Ué, você não disse que queria dançar? — perguntei, notando que mal havia lugar para se locomover ali.
Pocah: Os meninos preferiram vir para cá.
Assim que entramos, já demos de cara com João e Ronan na mesa bem de frente ao lugar, onde uma garota tentava sem sucesso cantar uma música da Rihanna.
Pocah: Vem! – Nós nos aproximamos dos rapazes e os cumprimentamos.
Falei com o Ronan primeiro, que me abraçou, afagando meus cabelos.
Pocah juntou-se ao marido, monopolizando sua atenção. Só me restou encarar meu amigo.
João: Vem aqui, Carla. — Puxou-me para um abraço. Sorri sem graça e o beijei na bochecha. Sabia que naquele dia eu tinha ativado o modo Pou e o João teve que cuidar de mim.
Duas horas depois, estávamos bastante alegrinhos e relaxados. Ate eu lembrar do Arthur.
Sai em direção ao banheiro e o João me seguiu
João: Esta tudo bem ?
Carla: Desculpe, Amigo — pedi, com lágrimas nos olhos. Ele sorriu amável e segurou meu queixo.
João: Esquece esse cara, ele não te merece. Olha o que ele está fazendo contigo. — Apenas assenti, envergonhada demais para dizer algo. — Vamos voltar para a mesa?
Carla: Me dá só um minuto? — Ele concordou. Entrei no banheiro e chorei baixinho, escondida.
Que droga de vida!
Odiava o Arthur com todas as minhas forças. Mesmo longe de mim, o cretino me causava mal, estava acabando com a minha sanidade, tirando minha capacidade de raciocínio. Deus do céu!
Cogitei ir para a cama com qualquer um que aparecesse, horas atrás só para tirar o Arthur por alguns momentos da minha cabeça!
O pior de tudo era que, enquanto eu estava ali, sentada na tampa do vaso sanitário, chorando, ele poderia estar em qualquer lugar, quem sabe fazendo um ménage à três?
A idiota aqui, sequer trabalhava direito, mal dormia, enquanto ele deveria estar dormindo feito um bebê, pulando de cama em cama, como sempre fez.
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O Crossfiteiro Irresistível.
RomantizmSinopse: Carla Diaz, nunca pensou que conheceria o homem da sua vida na festa de aniversário de sua afilhada, muito menos que ele seria um cafajeste. Já Arthur Picoli, assim que colocou os olhos na madrinha da filha de seu melhor amigo, de cara, qui...