Capítulo 56 :

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Numa sexta-feira à noite, sem avisar, minha amiga apareceu linda e gata na minha porta, me intimando a sair.

Mesmo sem qualquer motivação para tal, era impossível negar qualquer coisa a ela.

Pocah: Não quero nem saber, Carla Diaz! Já faz uma semana que está curtindo fossa. Quer fazer isso? Faça na balada. Paguei uma babá pra ficar com a Vitoria hoje, quero nem saber. Vou dançar até o dia amanhecer.

Carla: Você tem marido. Vai com ele. — Desinteressada, me joguei no sofá, chutando minhas pantufas para longe.

Pocah: Vamos logo, o João vai também.

Carla: Não quero ir — Ela se levantou e me puxou com ela.

Pocah: Carla, pode ir para o seu quarto e se arrumar.

Carla: Por que? Vai você e o João. — Fechei a boca e comprimi os lábios pela cara que ela fez. Não duvido nada que pegaria um chinelo e me bateria se eu continuasse a provocá-la.

Encerramos o assunto e ela me ajudou a escolher uma roupa. Uma blusa preta de manga comprida, saia de cintura alta rodada e scarpins pretos.

Finalizei o look com uma maquiagem simples e, por fim, enrolei no pescoço um cachecol de tricô.

Fomos a um barzinho com karaokê de um amigo do João.

Carla: Ué, você não disse que queria dançar? — perguntei, notando que mal havia lugar para se locomover ali.

Pocah: Os meninos preferiram vir para cá.

Assim que entramos, já demos de cara com João e Ronan na mesa bem de frente ao lugar, onde uma garota tentava sem sucesso cantar uma música da Rihanna.

Pocah: Vem! –  Nós nos aproximamos dos rapazes e os cumprimentamos.

Falei com o Ronan primeiro, que me abraçou, afagando meus cabelos.

Pocah juntou-se ao marido, monopolizando sua atenção. Só me restou encarar meu amigo.

João: Vem aqui, Carla. — Puxou-me para um abraço. Sorri sem graça e o beijei na bochecha. Sabia que naquele dia eu tinha ativado o modo Pou e o João teve que cuidar de mim.

Duas horas depois, estávamos bastante alegrinhos e relaxados. Ate eu lembrar do Arthur.

Sai em direção ao banheiro e o João me seguiu

João: Esta tudo bem ?

Carla: Desculpe, Amigo — pedi, com lágrimas nos olhos. Ele sorriu amável e segurou meu queixo.

João: Esquece esse cara, ele não te merece. Olha o que ele está fazendo contigo. — Apenas assenti, envergonhada demais para dizer algo. — Vamos voltar para a mesa?

Carla: Me dá só um minuto? — Ele concordou. Entrei no banheiro e chorei baixinho, escondida.

Que droga de vida!

Odiava o Arthur com todas as minhas forças. Mesmo longe de mim, o cretino me causava mal, estava acabando com a minha sanidade, tirando minha capacidade de raciocínio. Deus do céu!

Cogitei ir para a cama com qualquer um que aparecesse, horas atrás só para tirar o Arthur por alguns momentos da minha cabeça!

O pior de tudo era que, enquanto eu estava ali, sentada na tampa do vaso sanitário, chorando, ele poderia estar em qualquer lugar, quem sabe fazendo um ménage à três?

A idiota aqui, sequer trabalhava direito, mal dormia, enquanto ele deveria estar dormindo feito um bebê, pulando de cama em cama, como sempre fez.

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O Crossfiteiro Irresistível.Onde histórias criam vida. Descubra agora