Ela ficou me encarando sem reação, por tanto tempo, que achei que havia conseguido penetrar na armadura antiArthur, Frozen que havia vestido contra mim, mero engano.Carla: Uau... Então é isso? — Pigarreou. — Você diz que me ama e fica tudo bem? Eu esqueço que me traiu, me humilhou, esfregou uma mulher seminua na minha cara e tudo bem, viveremos felizes para sempre?
Arthur: Por favor, não seja sarcástica. Não é isso. Eu só quero que saiba que estou apaixonado por você. Estou louco de saudade e sofrendo com a sua ausência... — Ela engoliu em seco, percebi pela sua expressão que minhas palavras a tinham afetado. De indiferente, pareceu... nervosa?
De novo, mero engano.
Carla: Só por curiosidade, você descobriu que me ama antes ou depois de me humilhar, de jogar na minha cara que esteve com outras mulheres enquanto estava comigo?
Arthur: Descobri quando a deixei. Por isso, me afastei. Tive medo, medo de quebrar meu coração novamente...
Carla: Aí com medo de quebrar o seu, você resolveu quebrar o meu?
Arthur: Isso... — Abaixei a cabeça, envergonhado. Mas era a verdade. Se eu queria o seu perdão, precisava ser sincero. — Quando te conheci, eu só pensava em manter meu coração seguro.
Carla: É um jeito muito estranho de demonstrar que ama alguém — falou mais para si mesma.
Arthur: Eu sinto muito, Carlinha.
Carla: Não sente. Mesmo depois de descobrir que me amava, você só me magoou e me fez sofrer, me fez de idiota e me afastou de você. Isso é muito doente, Arthur. Você é um filho da puta doente.
A calma com que disse as palavras, a falta de emoção em cada sílaba fez com que a esperança que eu tinha de que nos acertássemos fugisse para as colinas.
Arthur: Sei que não tem desculpa — insisti. — Mas você não sabe pelo que já passei para ser o idiota que sou hoje.
Carla: Exatamente, não tem desculpa e sequer me interessa. O que quer que tenha acontecido a você, não lhe dava o direito de passar como trator em cima dos meus sentimentos. Pelo amor de Deus! Eu vi uma mulher seminua passeando pelo seu apartamento. Mesmo assim, ainda fui atrás de você. E o que fez? Me humilhou ainda mais!
Arthur: Carla, sei que não mereço o seu perdão, mas estou arrependido pra cacete. Tem que acreditar em mim! — Tentei abraçá-la, mas fui empurrado.
Carla: Não! — Afastou-se, limpando as lágrimas.
Arthur: Você me ama? — Embora ela se recusasse a me aceitar de volta, eu precisava saber a resposta, ou enlouqueceria.
Carla: O quê?
Carla: Quero saber se me ama. — Diz que sim, por favor... Eu repetia em pensamento.
Carla: Sai da frente do meu carro, Arthur! — Não saí. Ela teria de me responder primeiro.
Arthur: Responde à pergunta.
Carla: Não tenho que responder nada! — esbravejou, desconcertada. — Tenho coisas mais importantes acontecendo na minha vida agora, e isso envolve...
Arthur: Só a deixo partir se me responder, por favor, estou implorando — interrompi-a.
Carla: Estou grávida.
Uau... Não era a resposta que eu estava esperando.
Grávida?
Do babaca? Soube que o primo dela havia voltado para o Espirito Santo. Será que o desgraçado tinha a engravidado e metido o pé? Filho da puta!
Engoli em seco sem saber o que dizer. A mulher da minha vida estava grávida de outro cara, e ele nem estava mais com ela.
O que eu poderia fazer numa situação dessa? Pasmem...
Arthur: Eu assumo. — Assumiria o filho de outro cara, sem qualquer hesitação.
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O Crossfiteiro Irresistível.
Roman d'amourSinopse: Carla Diaz, nunca pensou que conheceria o homem da sua vida na festa de aniversário de sua afilhada, muito menos que ele seria um cafajeste. Já Arthur Picoli, assim que colocou os olhos na madrinha da filha de seu melhor amigo, de cara, qui...