ARTHURArthur: Arthur. — Devolvi o cumprimento.
Dra: Muito bem. — Voltou a atenção para a Carlinha. — Querida, como se sente?
Carla: Ainda estou sentindo enjoos e cólicas. Tirando isso, estou bem.
Dra: Ok. — A médica fez algumas anotações. — Bom, hoje faremos uma transvaginal, como já havia lhe explicado, e vou passar alguns exames. Está tomando o medicamento direitinho?
Carla: Sim.
Arthur: Desculpa... — interrompi. — Por que ela tem que tomar remédio se não está doente?
Carla arregalou os olhos, surpresa, enquanto a doutora apenas sorriu.
Dra: O uso do ácido fólico na gravidez serve para diminuir o risco de lesões no tubo neural do bebê, prevenindo várias doenças, além de diminuir o risco de parto prematuro.
Arthur: Entendi.
Dra: Certo. Bom, nós vamos medir a sua pressão e depois poderemos fazer a ultra — a médica prosseguiu.
Uma enfermeira pesou e mediu a pressão arterial da Carla, marcando todas as informações no tal cartão.
Dra: Onze por sete — informou a ela, que assentiu.
Onze por sete? Eu nada entendia de pressão arterial, apesar de ser preparador físico, muito menos de grávidas, mas onze por sete parecia um pouco baixa para mim.
Arthur: Não está muito baixa? — perguntei, preocupado.
Dra: É normal a pressão cair no primeiro trimestre da gravidez...
Carla me encarava surpresa enquanto eu ouvia atento todas as informações que me eram passadas.
Ela ainda não tinha entendido?
Quando disse que queria participar, estava falando sério.
Queria estar por dentro de tudo para saber como ajudá-la a ter uma gravidez saudável e tranquila. Para isso, só precisava que ela me aceitasse por perto.
Dra: Carla, como você está de vestido, basta tirar a calcinha e deitar na maca — a doutora informou, sentando-se na frente de um aparelho.
Carla: Certo. — A Carlinha pegou um saco plástico e foi em direção ao banheiro.
Dra: Não se preocupe, cuidaremos bem da Carla e do bebê, ela vai tirar de letra.
Arthur: Obrigado.
Dra: E você? Sente-se pronto? — Fiquei tentado a não responder, mas ela era a médica que faria o parto do meu filho, então me vi assentindo firmemente.
Arthur: Farei o impossível pra ficar.
Carla voltou e deitou-se toda sem graça na maca, ajeitando o vestido.
Dra: Abra as pernas e fique bem relaxada.
Olhei para aquele troço comprido na mão da médica e meus olhos praticamente saltaram quando ela vestiu um preservativo naquilo.
Que porra de exame era aquele?
Dra: Vamos lá. Relaxa o abdômen. Isso, fique bem relaxada.
Encostei-me na parede, vendo aquele troço sumir dentro dela.
Puta que pariu! Não machucaria a criança?
Olhei Carla, que me encarava, e forcei um sorriso.
Dra: Sente-se aqui perto dela, Arthur. Venha ver o seu bebê.
O meu bebê.
Caralho! Imagina o impacto que aquelas simples palavras fizeram comigo.
Sentei-me na cadeira ao lado e encarei o monitor com o coração na mão.
Enquanto as imagens iam aparecendo na tela, a médica ia explicando cada uma delas, mas sequer conseguia prestar atenção. Fiquei hipnotizado pelas imagens pretas e desfocadas. Era meu filho, meu filho ali.
Comentem
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Crossfiteiro Irresistível.
RomanceSinopse: Carla Diaz, nunca pensou que conheceria o homem da sua vida na festa de aniversário de sua afilhada, muito menos que ele seria um cafajeste. Já Arthur Picoli, assim que colocou os olhos na madrinha da filha de seu melhor amigo, de cara, qui...