Capítulo 10

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Arthur: Que tal pedirmos a conta e caminharmos um pouco na praia?

Carla Claro! — Juro que queria não ter soado tão entusiasmada com o convite, mas não consegui.

De repente, uma vontade louca de confirmar se o gostoso merecia mesmo toda aquela fama de cafajeste tomou conta de mim. Afinal, eu já sabia que o cara era um galinha, que só usava as mulheres. Então não tinha chance de eu me apaixonar, certo?

Errado. E esse foi mais um erro para minha coleção.

ARTHUR

Eu tinha prometido a mim mesmo que, nunca mais na minha vida, mulher alguma me passaria para trás, nem me faria de idiota.

Graças a Deus e à quantidade de mulheres disponíveis por aí, eu estava conseguindo cumprir essa promessa. Infelizmente, tudo mudou quando a Carla apareceu.

A minha preocupação já nem era mais ser traído ou enganado, era sofrer por ela, até porque a Carla também poderia perceber o quanto eu era um babaca idiota e cair fora.

Eu é que não ficaria esperando sentado esse dia chegar. Antes de contar como consegui ferrar com tudo, porque eu ferrei mesmo e não me orgulho disso, vou contar como foi estar com a ela, aquela coisinha de 1,53.

Sem sombra de dúvidas, foram os melhores momentos da minha vida desde que descobri a traição da Larissa.

É isso mesmo, pessoal, nem as farras ou a mulherada se comparavam ao que era estar com aquela baixinha.

Eu fiquei muito a fim da Carla na festa. Tinha umas garotas gostosas por lá, com as quais eu ficaria muito feliz em me divertir, mas quando a vi, descartei o restante sem pestanejar. Claro, já tinha visto ela na televisão antes, mas nada se comparava, eu estava com a Carla Carolina, não a Carla Diaz.

O que mais chamou a minha atenção foi o seu sorriso meigo e olhar inocente. Quando abordei o Ronan, perguntando por ela, ele quase teve um troço. E o fato de o meu amigo ter dito que aquela garota era a única que eu jamais poderia tocar, principalmente por ser quem ela era. foi o suficiente para o meu interesse aumentar.

Enquanto caminhávamos na praia, após o jantar, o meu foco já tinha sido totalmente desviado. Não costumava ficar batendo papo, muito menos tinha interesse em saber da vida de uma garota, mas a menina me encantou.

Eu queria ficar ouvindo-a falar e sorrir, só para ficar admirando o sorriso dela. Pela primeira vez em anos, senti uma necessidade urgente de conhecer uma mulher. Ela era inteligente, delicada e não estava se jogando em cima de mim  como as garotas costumavam fazer.

Embora estivesse na dela, eu sabia que estava a fim, assim como eu. A gente percebe essas coisas. Por isso, fui caminhando com ela sob a luz da lua e das estrelas e, finalmente — pois até já estava ficando preocupado com a minha atitude — a beijei.

A princípio, apenas toquei de leve os lábios dela. Segurei sua nuca e lhe dei um beijo inocente. Quando me afastei, vi um brilho diferente em seus olhos. Fiquei totalmente enfeitiçado.

Eles me pediam mais e eu não neguei, beijei-a com paixão. O beijo começou delicado, mas a urgência de explorarmos as bocas um do outro foi crescendo e nossas línguas se enroscaram com vontade.

Quando dei por mim, já estava apertando o corpo dela contra o meu, e ela, prendendo os dedos nos meus cabelos. Quase a deitei ali mesmo na areia, fiquei louco por causa de um beijo.

Quando nos separamos, com muita dificuldade, não foi preciso palavras, nem consentimento. Só foi preciso olhar naqueles olhinhos para saber o que aconteceria em seguida.

E o que aconteceu foi uma novidade até para mim. Eu a levei para o meu apartamento.

Eu nunca levava mulheres para o meu apartamento.

Preferia ir para os apartamentos delas, assim eu poderia ir embora quando quisessem, o que geralmente era logo após o sexo. Mas, na hora, não me preocupei com isso. Se eu tivesse prestado mais atenção aos sinais, jamais a teria levado para lá.

Começou aí. Se eu nunca levava mulher para a minha casa, por que a levei? Porque aquela garota já estava exercendo o seu poder sobre mim.

O Crossfiteiro Irresistível.Onde histórias criam vida. Descubra agora