Capítulo 36 :

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Arthur

Anna: Vocês formam um casal tão lindo... Tenho certeza de que serão muito felizes aqui se comprarem a casa.

A mulher estava achando que nós éramos um casal à procura de uma casa para morar.

Quis corrigi-la, quis muito, mas fiquei travado enquanto as assistia entrar na casa tagarelando.

A Carlinha olhou para trás e deu os ombros, sem graça. Só restou me recompor e seguir atrás delas.

A casa era realmente como meu primo havia falado e a área externa era, com certeza, a melhor parte. Tinha uma piscina imensa, churrasqueira, o quintal era todo gramado e tinha um belo jardim.

Anna: Vem, Carla, deixa eu te mostrar o quarto do casal. — Totalmente ignorado, as segui novamente.

A suíte era realmente incrível. Uma parede de vidro separava o quarto do banheiro. Também havia um closet e um pequeno escritório conjugado.

Carla: É realmente linda — Carla concordou, admirada.

Anna: Não é? Vocês vão se casar, ou algo assim?

Carla: Nós... não somos um casal. O Arthur está pensando em comprar pra alugar — ela respondeu, já que o idiota aqui ficou desconcertado com a pergunta.

Anna: Ah, claro. — Instantaneamente, o olhar da coroa atraente caiu sobre mim. Mas na hora nem liguei.

Nós não somos um casal.

Eu deveria ter ficado aliviado, não é? Isso significava que ela sequer tinha esperanças em relação a nós dois, sinal também de que Ronan estava exagerando ao mencionar que a Carla era apaixonada por mim. Então por que sua resposta me incomodou?

Anna, ao contrário, pareceu ter adorado a notícia, pois passou a me devorar com os olhos depois disso.

Terminada a visita, ela nos levou até a praia, que ficava a poucos metros da casa.

Anna: E então? Gostou? — perguntou, agora para mim, deixando a Carla totalmente de lado.

Arthur: Sim, a casa é realmente muito boa. E essa praia... — Apontei para o mar. — É incrível. — Ela sorriu, satisfeita.

Anna: Aqui está o meu telefone. — Entregou-me seu cartão. — Espero fecharmos negócio. — Sua voz soou de forma sugestiva.

Olhei sem graça para minha a Pitica, que sorriu, desconfortável.

Arthur: Vou pensar sobre isso. Até mais. — Agarrei a mão da Carla e a puxei em direção à moto.

Nem sei explicar o que aconteceu, mas fiquei irritado pela forma que Anna ficou dando em cima de mim, descaradamente, na frente dela.

Saímos do condomínio e seguimos em direção ao Forte São Mateus, lugar ao qual sempre gostei de ir quando visitava a cidade.

Carla: Ela gostou de você — ela comentou, enquanto caminhávamos na ponte de madeira em direção ao Forte.

Puxei-a para mim e abracei-a.

Arthur: E eu gosto de você.

É sério, essas palavras saíram da minha boca e eu disse com toda a convicção que tinha.

Puta merda!

Carla Diaz

Eu ainda podia ouvir a voz do Arthur dizendo que gostava de mim, enquanto me maquiava para a gente sair na noite cabo-friense.

E eu gosto de você.

Um sorriso bobo aparecia toda vez que me lembrava, o que me levava a pensar: será que ele estava finalmente baixando a guarda?  Assumiria que estava apaixonado? Ou dizer a uma garota o que ela queria ouvir era apenas seu jeito cafajeste de ser?

Não sabia bem o que pensar sobre aquela declaração, mas gostava de acreditar na segunda opção.

Terminei minha maquiagem — que era leve, exceto pelos olhos pretos esfumados — e dei uma boa conferida no resultado.

Para sair com Arthur, optei por um vestido roxo de cintura alta e saia rodada.

Nos pés, calcei os meus sapatos napa naturale. Pensei em prender os meus cabelos em um rabo de cavalo, mas acabei os deixando soltos, afinal, eu já estava demorando muito.

Com uma última conferida no espelho, finalmente saí do quarto.

Arthur me esperava do lado de fora, na pequena salinha que fazia parte da nossa acomodação.

Encarou-me um tanto admirado e sorriu. Compreendi que tinha aprovado o resultado. Ele também estava maravilhoso.

Usava uma camisa social de cor lilás, com as mangas dobradas, e uma calça jeans bem surrada.

Os tênis mule completavam o look.

Seus cabelos ainda estavam molhados, deixando o tom de castanho mais escuro. A barba cerrada, em um tom mais claro que o cabelo, o deixava com aquele ar de anjo.

Contudo, de anjo ele não tinha nada.

Comentem bastante!!

O Crossfiteiro Irresistível.Onde histórias criam vida. Descubra agora