Capítulo 16 :

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ARTHUR

Quando a Carla saiu do meu apartamento, parecendo um diabo fugindo da cruz, ela feriu meu ego. Eu estava acostumado a ter garotas correndo atrás de mim, e não de mim! Passei o dia todo de burro amarrado, pensando naquela pitica.

Não conseguia entender porque ela estava tão decidida a ir embora, sem ao menos ter uma segunda dose de mim. Então, à noite, fui abduzido, porque só isso para justificar a minha atitude.

Eu liguei para o Ronan e praticamente o obriguei a me dar o número do celular dela.

Ronan:  O quê? Sem chance, meu amigo! Eu preciso desligar, estou indo encontrar com o pessoal.

Arthur: Ah, naquele bar que vocês frequentam, não é? Posso apostar que a Carla vai estar lá. Ou você me passa o número, ou irei aparecer dizendo que você me convidou. Será que a sua digníssima esposa vai gostar? — Eu sabia ser persuasivo quando queria.

Ronan: Caralho, Arthur, não fode!

Arthur: Só quero o número. — O covarde ficou em silêncio um tempo, provavelmente pesando suas opções.

Pocah: Está certo, cara, mas pelo amor de Deus, ligue amanhã! Vou te passar o número por mensagem, seu idiota! Adeus!

É claro que liguei no mesmo dia, só esperei o momento que eles estivessem todos juntos. O Ronan precisava entender que era melhor ser meu aliado do que ficar contra mim.

Confesso que fiquei um pouco ansioso quando liguei para ela, isso me deixou surpreso. Eu não era ansioso, e sim tranquilo e direto.

Meus tiros eram certeiros, mas com a Carla parecia que eu estava sempre pisando em ovos. Enfim, nos encontramos no dia seguinte, e foi aí que as coisas começaram a ficar realmente estranhas. Quando digo estranhas, estou dizendo fora do meu controle.

Antes de levá-la para sair, obriguei o Ronan a me dizer do que ela gostava, como tipos de filmes, músicas e peças de teatro. Ele me contou — depois de me passar o maior sermão por eu ter ligado justo quando todo mundo estava perto — que ela estava muito a fim de assistir uma peça que estava em cartaz no teatro do shopping.

Acreditem, fiz  DAS TRIPAS CORAÇÃO, para conseguir os ingressos na última hora. E o pior de tudo foi que me diverti, e muito.

Arthur Picoli, não costumava levar mulheres para outro lugar que não fosse para uma cama. Estava ficando claro que alguma coisa estava muito errada, e a coisa foi ficando ainda mais absurda. Por quê? Pensem comigo. Um cara que só está interessado em sexo, não leva a garota em um encontro e depois a deixa em casa e vai embora parecendo um namoradinho do caralho!

Foi exatamente o que eu fiz.

Quando a deixei em casa, Carla não me convidou para entrar. O que eu fiz a esse respeito? Nada. Não me ofereci para entrar, nem a joguei no sofá e muito menos arranquei as suas roupas e a fiz gozar. Eu simplesmente me despedi e saí.

Na manhã seguinte, acordei no meu melhor estilo "hoje eu tô terrível". Afinal, eu precisava voltar a ser o Arthur de sempre.

Fiquei mais do que satisfeito e agradeci aos céus por sentir vontade de sair sozinho na noite carioca. Assim que cheguei ao bar, uma gata loira conhecida veio falar comigo.

Não costumava repetir mulheres, mas, como precisava me exorcizar, foi com ela mesmo. Cinco minutos de conversa, uma cafungada no cangote e pronto, motel mais próximo.

Ah... Esqueci o nome dela, era muito quente. A mulher era decidida.

Assim que entramos no quarto, já foi me jogando na cama. Transamos, a danada gostou. E eu? Bom, na hora foi uma delícia, contudo, assim que coloquei meus pés dentro de casa — isso lá para às cinco da manhã —, a imagem da Carla nua na minha cama me acertou como um nocaute. Que droga!

O Crossfiteiro Irresistível.Onde histórias criam vida. Descubra agora